Meu Refúgio

Capítulo 1

*Boooa noiteee Sunshine's🌻🌞, por favor, leiam o capítulo com a música*

Valentina Dash POV

Flashback - 3 anos antes (25/10/2012)

''Acordei às 7 da manhã , aqui em Chicago está um dia chuvoso , ótimo para ficar deitada o dia todo assistindo séries e comendo besteiras , mas infelizmente não posso fazer isso pois o dever me chama . Olhei para o lado e encontrei o Eric me encarando .

-Bom dia amor - ele falou.

-Bom dia só se for pra você , porque para mim ainda está de madrugada- eu retruquei emburrada. Estava com sono e ainda por cima estava grávida de 4 meses. O Eric não sabia da minha gravidez ainda, ela é bem pequena, nem dá para perceber, portanto pretendo fazer uma surpresa assim que eu descobrir o sexo do bebê.

-Tudo bem, tudo bem, não está mais aqui quem falou. Mas então, vamos levantar minha lindinha pois ainda temos que ir ao hospital hoje - falou bufando .

Levantei da cama me arrastando e ainda tropecei nos meus queridos edredons e cai com a bunda no chão. Que merda, quem foi que colocou essa droga aqui ?

-DESGRAÇA - Gritei chamando atenção do meu marido que ainda estava deitado e ria da minha situação.

-Calma Tina, eles não têm culpa de você ser uma completa desastrada. - na hora em que ele falou isso eu o acertei com um abajur que fica em cima do criado mudo.

-Ah sua desgraçada, me aguarde - ele resmungou e eu nem dei atenção. Me levantei e segui o caminho para o banheiro.''

Dias atuais (23/04/2015)

Essa foi mais uma das lembranças que rondam a minha mente no decorrer desses dois anos.
Bom deixa eu me apresentar, me chamo Valentina Dash, tenho 29 anos, moro em Seatle desde que eu me entendo por gente. Fui casada durante 4 anos com Eric Müller, nos conhecemos na faculdade, nós cursávamos medicina, eu era da parte pediátrica e ele da área neurológica. Começamos a namorar e era como um conto de fadas, depois de um tempo, nos casamos e éramos muito felizes, trabalhávamos no mesmo hospital(por insistência minha), que era da minha família, eu achei melhor ele ficar no mesmo hospital que eu, porque seria mais fácil de vê-lo. Mas tudo isso acabou quando ele descobriu que eu estava grávida. Começou a me bater e dizer que aquele filho não era dele, em uma dessas brigas ele me bateu tanto que precisei ser levada para o hospital em que eu trabalhava e lá eles me deram a pior notícia da minha vida.

"Acordei em lugar estranho, todo branco e logo me dei conta de que estava no hospital. Lembranças vieram à mente e lembrei de tudo que aconteceu naquele fatídico dia.
Quando eu contei ao Eric sobre a gravidez, ele começou a surtar, dizia que era para eu abortar e que não queria aquela criança, ele saía durante o dia e chegava na parte da noite, sempre que ele chegava em nossa casa, começava a ter crises e me batia e isso durou algumas semanas. Teve um dia que o Eric deu mais uma de suas crises e saiu, depois de umas horas ele voltou pra casa bêbado e me espancou, lembro de ter ligado para a minha mãe e pedi para ela me ajudar, pois o Eric tinha me espancado, depois disso eu não consigo mais lembrar de nada.
Vi que não estava sozinha no quarto, tinha um médico olhando uma prancheta, acho que o nome dele é Nicolas, o Japinha gato do hospital. Tento chamar atenção dele.

-Doutor ? -chamo com uma voz meio esquisita, acho que é porque dormi demais.

-Oh Srta. Dash, vejo que acordou. Bom, sou o Dr. Nicolas, médico obstreta e responsável pelo seu caso.- ele se apresentou para mim, mas eu quero mesmo é que ele me fale sobre o meu filho.

-Eu conheço o senhor, mas sem querer ser ignorante, como está o meu filho? O que aconteceu com o meu bebê? E por favor, me chame de Valentina. - pergunto aflita e ele me olha com um olhar triste e de pena e é nesse momento que eu começo a me desesperar.

-Bom Valentina, sinto informar, mas o seu bebê não conseguiu resistir.- nesse momento parece que meu mundo desaba, não escuto mais nada do que o Dr. está falando, só consigo sentir as lágrimas descendo sem parar. Aquele desgraçado matou o meu filho, o próprio filho dele, o nosso filho.

-O sexo do bebê era masculino, um lindo menininho. Nós tentamos fazer de tudo para que ele sobrevivesse, mas infelizmente não conseguimos, você chegou aqui muito machucada na região abdominal. Já fizemos a retirada do feto e é bom que você fique em repouso durante esse mês. Os seus hematomas já foram devidamente examinados. -ele falou e eu só consegui assentir. -Sugiro que descanse um pouco, mais tarde venho vê-la. -concluiu e saiu por aqueles corredores extensos."

Sim, aquele homem cujo eu amei durante anos, matou o próprio filho, o meu Benjamin.