9. Segredos omitidos pela noite

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Os corredores luxuosos da mansão já não me incomodavam tanto quanto antes, a iluminação ainda não fora desligada e isso trazia-me alívio, não era como no primeiro dia em que a escuridão nos acompanhava deixando-me inseguro, principalmente por tê-l...

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Os corredores luxuosos da mansão já não me incomodavam tanto quanto antes, a iluminação ainda não fora desligada e isso trazia-me alívio, não era como no primeiro dia em que a escuridão nos acompanhava deixando-me inseguro, principalmente por tê-lo ao meu lado.
Seus passos estavam mais devagar, ele tentava não manter grande distância e eu sabia o motivo; Eu. Seus olhos agora fitam-me de um modo tão misterioso, seu sorriso esconde tantos segredos e quando ele comporta-se desse modo – gentil, simpático e educado – tenho calafrios.
Pergunto-me diariamente se ele é bipolar, no entanto algo me diz que não e tudo continua assim, sem respostas.

– Percebo que não é mais manipulado pelo mundo virtual – sorriu ele, não minto, confesso que meu coração disparou, mas não permito, não sentirei algo por alguém que possa me machucar. Mais do que já machucou aliás. – Não precisarei tomar atitudes drásticas...

Reviro os olhos, e não o-respondo, apenas sigo em frente. Seu sorriso diminui, como se estivesse decepcionado comigo... ou consigo mesmo?
Respiro fundo e tento não prestar atenção no delicioso aroma que escapa dele, o leve e refrescante perfume que torna-se minha tormenta, minha tentação. Observo sua mão e lembro-me do delírio, quando a mesa se desfez ao seu toque, será que ele faria o mesmo comigo? Será que ele mataria-me?

– Boa noite Sr. Darkness. – cumprimentou a ruiva que usava um vestido prateado, seus olhos correram por todo o corpo do bilionário que a-retribuiu com um sorriso descarado. Cerro os punhos, uma mistura entre raiva e ciúmes corre pelas minhas veias; raiva por eles terem feito aquilo com Anna, ciúmes por haver a hipótese de Luce e Adrian ainda agarrarem-se pelos cantos da mansão... E qual o motivo? Porque eu iria me importar?

– Srt. Hale, poderia-me dizer se Melissa já foi com Isabelle? – perguntou ele discreto, mordo os lábios pensando em qual seria o motivo desta pergunta, ele quer conversar com nós três?

– Sim, senhor. – afirmou ela com a cabeça, ele olhou-me de esguelha, logo fingi observar o quadro posto na parede, não posso correr riscos, e se eu olhar em seus olhos estarei correndo riscos... entre eles o de amar. – foram mais cedo para a boate.

Minhas órbitas cresceram quando a-vi encarar diretamente para sua calça, exatamente no lugar onde haveria um volume se ele estivesse excitado, no entanto acho que tal não percebeu, ou apenas ignorou. Mas ela estava lambendo seus lábios e eu já estou prestes a surtar de raiva.

– Então, até mais ver... Adrian – Tento não gritar, engulo em seco e respiro fundo, e quando sua mão desliza levemente pela região eu sinto-me prestes á surtar, eu não quero,  mas é impossível, eu não devia ter ciúmes do homem ao qual odeio. Eu sou uma maré repleta de coisas confusas, sentimentos, pensamentos, ações...

Vejo-a desaparecer pelos corredores e após ter certeza que ela não irá voltar, deparo-me com seus olhos que fitam-me, seu silêncio é capaz de transmitir tantas coisas que não consigo imaginar, apenas sentir. É tão estranho.

Darkness (Romance gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora