Medo?

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Assisti a algumas aulas e fui rápido pra casa, afinal não iria chegar na casa dela fedendo daquele jeito.
Tomei um banho, escovei os dentes e pela primeira vez em muito tempo penteie o cabelo.
Me olhei no espelho e estava arrumado demais, decidi trocar a blusa de botões e coloquei uma mais simples,passei a mão nos cabelos para despentea-los mas não gostei do resultado e os arrumei de novo.

- Ótimo, agora mesmo você está com cara de mané _disse pra mim enquanto me olhava. Porque eu estava tão preocupado com isso?

Desci as escadas e vi tia May me olhar daquele jeito, ela sempre me olhava assim toda vez que tinha uma menina envolvida.

-Que lindo está meu sobrinho, para onde será que ele vai cheiroso assim? Ah meu Deus, olha isso, você penteou mesmo o cabelo? Ela é mesmo especial. _disse ela em puro entusiasmo.

- Tia May... Não é nada, só... estamos trabalhando juntos em um projeto. Disse

- Claro, claro _ disse ela saindo e voltando com algo nas mãos.
Me entregou um vaso com uma planta dentro, uma espécie de flor.

- Leve e entregue pra mãe dela, elas ficam lindas nessa época do ano _ disse tia May

- Não é um encontro, não estamos namorando, eu não vou levar nada, beijo tia May chego antes das dez _ dou um beijo em sua testa .

- Peter! Diz ela

-Sim? _ respondo

- "As vezes você precisa ir além do medo para ver a beleza que existe do outro lado" _ diz ela citando a frase de um filme que assistimos noite passada.

- Tá bem tia May, se cuida eu já volto pra ficar com a senhora _ respondo.

Ela sorri e eu finalmente saio.

O trem estava demorando demais então decidi chegar lá do meu jeito, estilo aranha. Vi meu cabelo pelo celular e tinha bagunçado de novo, respirei fundo e toquei a campanhia.

Depois de alguns instantes uma bela mulher de cabelos pretos abriu a porta , me olhou e sorriu.

- Entre Peter! _ disse a moça em um tom de voz doce.

- Aa-a obrigado! _respondi e entrei.

Seguimos para a sala onde um homem me encarava, claramente era o pai dela. Ele me olhou de cima a baixo e me deu um forte aperto de mão, sua expressão era dura.

- Oi quem é você? Me perguntou ele, em um tom um tanto quanto irônico mas mantendo a seriedade na voz.

- Amor! _ disse a mãe dela em um claro sinal de desagrado pelo marido ter perguntado meu nome.

- Me chamo Peter senhor, Peter Parker _ respondo.

- Hum _ responde ele em total desinteresse.

- E você faz o que dá vida, Parker? _ perguntou ele mostrando um enorme interesse, como se minha resposta fosse mudar completamente o rumo daquela conversa.

- Eu... no momento eu estou cursando a universidade. Pretendo trabalhar nesse meio. _ respondo.

Minha resposta não pareceu suficiente para ele.

- E você se acha bom? _ pergunta ele me desafiando a responder.

- Pai! _ Jéssyca apareceu nas escadas pra me salvar, olhei pra ela em puro alívio.

- Jéssyca disse que ele é um dos melhores do país amor, o melhor da sala deles _ diz a mãe dela me ajudando.

- Então vocês já o conheceram vamos lá pra cima Peter, vamos _ disse ela me puchando pelo braço.

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