Passaporte do amor(amostra)

Capítulo 10

Notas:Bom dia galerinha, tudo bom com vocês? 

Espero que vocês estejam gostando da história e gostaria que vocês comentassem um pouco mais nos capítulos para que eu possa ter noção de como a historia tá sendo aceita.

Bom, não vou demorar nas notas então vamos ao capítulo. 

 [RAFA]

Meu tio Pedro tinha conseguido uma apresentação para nós em Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. A cidade era muito linda e ia ser ótimo porque estávamos começando e um lugar mais aconchegante seria ideal para nossa estreia.

Tommy ainda informou que a família dele possuía casa lá e que era enorme, então não precisávamos nos preocupar com hospedagem, o que era uma coisa a menos, já que nosso cachê não seria alto e nós não tínhamos dinheiro para estar arcando com tantos gastos.

É. Vida de músico não é fácil.

Por conta dessa apresentação nós passamos a ensaiar com um foco. Decidimos nosso repertório depois de muito debate, mas após semanas de horas dentro do estúdio nós chegamos em Angra prontos para arrebentar, esperando que esse fosse o início de nossos sonhos.

[JULIA]

Depois que havia saído o resultado do meu vestibular eu conseguia respirar mais aliviada. Tudo bem que a ansiedade e as preocupações sobre ir morar longe de todos existiam, mas estudar na Troyes sempre foi meu sonho e eu estava muito feliz em poder realizá-lo. Além disso, conversei com meus pais sobre como as coisas seriam e eles me afirmaram que iriam me apoiar e patrocinar em tudo que pudessem.

Muitas vezes eu percebia o meu pai meio retraído e já tinha entendido que para ele ainda era muito difícil me ver crescer, mas graças a Deus – e acredito que à minha mãe também – ele estava vencendo seu lado superprotetor para apoiar a felicidade da filha.

Como minha ida à França marcaria uma nova fase da minha vida resolvi marcá-la em minha pele e depois de convencer seu João e a dona Ana fiz uma tatuagem. Não era nada muito grande nem tão diferente. Era apenas um mapa mundi com um avião ao redor gravado no meu pulso, mas era o símbolo de que o meu sonho de voar e conhecer o mundo nunca seria esquecido. Era isso que eu ia fazer da vida.

Só que além de mim, existia outra pessoa muito especial que também estava correndo atrás de seus objetivos.

O Tommy.

Ele e a banda conseguiram organizar um pequeno show em Angra dos Reis, o que havia deixado meu irmão eufórico. Eu sabia que eles vinham se apresentando em barzinhos por São Paulo e por algumas cidades da região, mas também imaginava que ter um show onde eles seriam o foco principal era o começo da realização dos nossos desejos mais profundos.

Então, como estava morrendo de saudades do meu irmão, combinei com ele de encontrá-lo no local onde eles ensaiavam. Não era muito minha praia ficar vendo o pessoal afinando instrumento por uma hora ou mais, mas decidi que valia o sacrifício para vê-lo.

Fazia muito tempo que eu não via meu irmão, e mais tempo ainda que não vínhamos para Angra.

Tommy vivia agora mais em São Paulo do que em casa e eu estava correndo com as documentações da faculdade, além do visto e moradia. Então essa apresentação dele até que calhou bem porque seria um forma de eu me despedir da minha família e ainda passar um tempo em um local mais do que especial para mim.

Depois de comer alguma coisa e escovar meus dentes resolvi que iria logo para a pousada onde a Lovers – nome da banda dos meninos – ensaiava.

O pessoal estava hospedado lá em casa, mas o lugar era tão grande que eu não vi nada fora do normal até então. No caminho para a pousada comprei um picolé e o chupei antes do meu destino final. Informei a um dos seguranças quem eu procurava e ele me informou onde eles estavam ensaiando: numa das salas de conferência, e me instruiu por onde eu deveria seguir para achar. Só que quando eu cheguei eu não esperava encontrar o que eu encontrei.