Capítulo Seis

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MIA

Dei um último aceno a Brandon, que sorria, e entrei no prédio. Meus pés estavam começando a doer, então, tirei os saltos e subi os lances que restavam com os pés descalços.

Peguei minha chave no vasinho do nosso cacto ao lado da porta, no corredor, giro a chave lentamente para não fazer muito barulho e acordar todo mundo, quando vou empurrar a porta, ela se abre de uma vez e eu grito.

-- Filha da puta!! -- Empurro Willow para fora do meu caminho.

-- Você estava entrando na surdina, para não me contar o que aconteceu?? -- Willow bate a porta, sem se importar com a hora e muito menos com os vizinhos.

-- Não, estava entrando em casa normalmente. -- Respondi, me jogando no sofá.

-- Eu não acredito. Vamos desembucha. Quero detalhes... -- Ela começa a estalar os dedos, afobada.

-- Não aconteceu nada e nossa história é simples. Foi fácil chegar em um acordo. -- respondi dando de ombros.

Virei-me de costas para Willow, para que ela pudesse abrir o zíper do meu vestido.

-- E você quer que eu acredite nessa merda? Conta outra Mia. Você é uma péssima mentirosa e eu até podia ser uma boa amiga e deixar isso passar, mas esse sorriso no seu rosto, me faz ser uma vadia. Anda logo.

-- Que saco! -- Bufei, me levantando para deixar o vestido cair no chão e olhei para a nossa mesinha de centro. -- Vinho e queijo?

-- Sim, são para te ajudar a falar.

-- Certo, vou contar, mas iremos precisar de outra garrafa. -- Minha amiga acena, concordando.

**

A agitação do serviço com a ressaca, não me ajudaram muito, minha cabeça doía horrores. Parecia que alguém martelava alguns pregos no meu crânio. Willow e eu ficamos acordada até as cinco e meia, conversamos sobre algumas hipóteses sobre quem o meu namorado falso é.

E não chegamos em lugar algum.

Apenas concluímos que eu devo me manter profissional, porque se não irei me apaixonar. Concordamos que a nossa relação deve ser baseada na amizade, que possivelmente pode ser colorida, e que eu não posso me iludir e deixar que meus sentimentos se aflorem e cair de amores.

-- Acho que todas devem usar bege. -- A mãe de Willow, Cecilia, diz.

-- Mãe, bege não! -- Harlow rebate, do outro lado da sala. -- Não ira combinar com a decoração.

-- O que bege tem haver com amarelo? -- Candice, a avó de Willow diz. -- Nada!! Apesar de ser boa com desenho, paleta de cores nunca foi seu forte, Cecilia. Harlow já escolheu todas as cores e como todas ficam harmoniosas. Não intrometa.

-- Obrigada, Vó. -- Harlow beija Candice na testa. -- Willow saia do provador, quero ver o vestido.

-- Não quero sair daqui. Estou horrível. -- Willow, rebate de dentro do provador. Ela é a primeira a provar os nossos vestidos de madrinhas.

-- Tenho que ir ver o seu irmão no futebol, Willow. Ande logo e acabe com o mistério. -- Tia Cecilia pede.

Hoje é o dia do campeonato da escola de Holland, o irmão mais novo das gêmeas. O tio JJ não pode ficar por conta das duas crianças, então ele deixou Holland com a esposa e levou Sasha com ele para o serviço. Como Cecilia não podia perder a prova de vestido e o campeonato, estamos fazendo tudo as pressas.

-- Vamos Willow, estou com fome. -- Falo e ouço minha amiga bufar.

A porta do provador se abre e ela sai usando um lindo vestido azul Royal com lindas pedrarias no busto.

Coração de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora