Capítulo Cinco

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MIA


-- Pedi a Willow que me ajudasse. Não sabia de suas preferências. -- Ele me deu um sorriso tímido.

-- Ela comprou tudo isso? -- Apontei para as coisas que ele organizava em cima da mesa.

-- Não, ela apenas deu dicas e eu fiz o resto.

-- Humm, então você estava querendo me agradar escolhendo minha comida? -- Estreitei os olhos para ele. -- Esperto, muito esperto.

Ele riu e balançou a cabeça sorrindo.

-- Isso quer dizer que acertei? -- Ele perguntou com expectativa.

-- Talvez... -- Dei um olhar significativo para ele, que concordou com a cabeça, entendendo que eu não daria a resposta final até tudo acabar.

Estou namorando a quase vinte e quatro horas e a cada minuto que passa fico mais surpresa e intrigada com Brandon. Você o olha assim, cabelo cumprindo desarrumado, tatuagens cobrindo os braços, um corpo matador e pensaria:

"Esse cara deve ser um bruto"

Você tem dois pensamentos quando o vê, a indecisão entre correr para longe e tê-lo no meio de suas pernas, te fará refletir.

Mas ele é muito mais do que a aparência. Ele teve todo um trabalho de arrumar um jantar romântico no alto de um prédio no centro da cidade, onde há tantas estrelas no céu que você quase pode tocá-las.

Comemos jogando conversa fora, falamos sobre nada e tudo ao mesmo tempo. Brandon é um cara que está atento a todos os detalhes. Adorou saber como Willow e eu nos tornamos amigas, riu muito quando contei que caímos de bicicleta e acabamos no hospital com o dente e o braço quebrado. A conversa girou em torno de mim a maior parte do tempo.

Os detalhes que eu queria realmente saber, continuaram ocultos por um homem misterioso que me faz ficar encantada a cada minuto que passa.

-- Vamos fazer os jogo das vinte perguntas. -- Brandon fala, enquanto me ajudar a sentar na mureta do prédio.

-- Eu começo. -- Me animo toda e logo ele me corta.

-- Não, já tenho todas as perguntas prontas na mente. Você provavelmente nem sabe o que perguntar. -- Ele me olhou cinicamente.

-- Claro que eu tenho algumas perguntas prontas. -- Me ajeitei no meu lugar para olhá-lo.

-- Qual o meu nome completo e minha idade, não são boas perguntas. -- Ele dá de ombros, colocando torta em nossos pratos.

-- Então, comece. -- Levantei as mãos em sinal de rendição e o olhei com expectativa.

-- Qual o seu nome do meio? -- Ele pergunta quando vem caminhando em minha direção.

-- Não fode. -- Joguei o guardanapo, que peguei, em seu peito e ele riu. -- Uma pergunta real, por favor.

-- O que você queria ser quando crescer?

Sua pergunta me pega de surpresa e eu penso na minha resposta. De onde eu estou agora, não consigo me imaginar daqui a um tempo, quem dirá saber o que eu quero ser ou o que eu queria. Respiro fundo antes de colocar tudo pra fora.

-- Eu sempre quis ser mãe e ter dois cachorros. Mas ainda não sei se ainda quero fazer da minha vida profissional. -- Confessei. -- Meus pais tinham um sonho todo pra mim e isso me frustrou um pouco, eu quero trabalhar e ganhar meu dinheiro, mas acima de tudo, eu quero ser feliz. Ter uma família e um marido que me ame.

Coração de aluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora