Between Two Hearts 「Magcon」

Capítulo 1 - "Adeus Brasil"

Nota: A todos que forem ler essa fanfic, gostaríamos de avisar que como ela foi escrita a 3 anos atrás pode conter xingamentos preconceituosos e romantização de assédio. Então queríamos pedir desculpas desde já. Se você se sentir ofendido(a) com tal conteúdo, na época não possuíamos a total maturidade. Leia por sua conta e risco.

- Droga! - disse chorando e me escondendo por baixo dos cobertores, com preguiça de me levantar.

Eu iria me mudar hoje para Estados Unidos. Eu não posso acreditar que eu vou ter que morar em outro país. Ainda por cima, por culpa do chefe da minha mãe!

Eu fiz de tudo para não ir: Me descabelei, gritei, chorei, implorei, e nada dava certo. Claro que para a minha irmã Sarah, de 14 anos, estava tudo indo às mil maravilhas. Afinal, por obra do destino, nós iríamos morar na mesma cidade onde os "Meninos do Vine" moram. Aqueles... Como chama? Magcon Boys. Eu não sei o que ela vê neles. São apenas mais um grupinho de meninos se fazendo de bobos. Mas tenho que admitir, até que são gatinhos.

Vamos morar com o meu irmão de 19 anos, Nicholas, e mais tarde nos mudaremos para uma casa maior. Não iria ter espaço o suficiente para nós no apartamento dele.

Bom, falei e falei, mas não me apresentei. Sou Manuela. Manuela Prado, mais especificamente. Já tenho meus 16 anos, com cabelos castanhos e olhos castanhos também (Mais normal impossível).

Eu ainda não tinha adquirido a coragem para me levantar da cama, mas logo meu pai entra no meu quarto e abre as cortinas juntamente com a janela, me fazendo ir cada vez mais para baixo do cobertor.

- ACORDA! - meu pai falou enquanto me sacudia.

- Ai pai, que saco, me deixa dormir!- Disse colocando o travesseiro na cabeça.

- Nada disso! Hoje vai ser um dia bem longo, e você precisa se preparar!

Meu pai viu que eu não iria levantar tão cedo, puxou o cobertor e começou a fazer cócegas, então caí da cama.

Comecei a rir e a chutá-lo, fazendo com que ele parasse e me deixasse lá no chão, e simplesmente saísse. Eu realmente não o entendo.

Me levantei ainda meio mole graças ao ataque de cócegas e a preguiça que me persegue, e entrei no banheiro. Lavei o rosto, escovei os dentes, tomei um banho e tentei, repito, tentei domar a juba que chamo de cabelo.

Depois de um tempo meu celular vibra: era uma mensagem do Felipe, meu namorado.

Felipe: Preciso falar com você, passo às 11h na sua casa.

Fiquei um pouco preocupada, comecei a pensar vários motivos para ele querer falar comigo. Será que ele queria terminar? Pensei um pouco mais e decidi não me preocupar muito com isso, o que a gente pensa nunca acontece mesmo.

Já era 10h:30min. Eu geralmente não levo muito tempo pra me arrumar. Coloquei minha calça jeans, uma blusa e meu tênis vermelho. Desci e vi minha mãe na cozinha.

Me aproximei dela e disse:

- Vou sair, ok?

- Com quem e onde? - perguntou minha mãe com o mau humor costumeiro.

- Com o Felipe. Não sei pra onde a gente vai...

Minha mãe me encarou desconfiada por um tempo, ela deve achar que eu vou fugir de casa só pra não ir embora. Pelo menos, no fim das contas, acabou me deixando sair.

- Ok, mas esteja em casa às três da tarde.

Eu dei um abraço nela e saí da cozinha. Sentei no sofá pra esperar o Felipe.