Free Me / l.s

hell

ello babes, eu sei, desculpem a demora, em parte foi culpa do wattpad e seus bugs

porém, acho que esse cap compensa pdfokdjk quero avisar que vão despertar em vocês muitas emoções

votem e comentem bastante!!!

e fiquem atentxs aos detalhes

[1896 days]

Horas, dias, semanas, meses, anos, tempo. Isso era tudo o que Louis pensava, quase em todos momentos, divagando o quanto perdera ali, e o quanto continuaria lento. Vivendo um pesadelo, massacrado por coisas ruins. Tão morto por dentro, nada lhe restava, senão os últimos suspiros que ele rezava para sair de seus lábios.

Fazia frio e não havia roupas em seu corpo, apenas uma simples cueca branca e pequena demais para ele, desconfortável. Louis tentou rastejar até os raios solares que ultrapassavam as frestas do lugar, em busca de calor, sobrevivência. No entanto, as correntes lhe impediam de movimentos, seus pulsos e calcanhares doíam, sangrentos e acorrentados tão fortemente quanto sua alma naquele lugar. De alguma forma, Louis sabia que mesmo um dia pudesse escapar dali sua mente jamais fugiria da prisão.

O garoto de onze anos, rastejou pelo chão de concreto, ralando levemente seus joelhos, Louis mal se lembrava a ultima vez que havia tomado um banho descente, o mau cheiro exalava do seu corpo, nojento e horrível, exatamente como o homem o relembrava todos os dias. As correntes faziam um barulho comum, a fraqueza em seus ombros e braços era evidente, o menino não conseguia manter-se rastejante, sua pele doía como todo seu corpo, seus músculos estavam atrofiados, ou perto disso.

Louis estava perto de tocar na luz solar, seus dedos se esticaram em excitação, e então ele sentiu.

Sentiu o calor transpassar pelos seus dedos e unhas grandes e sujas, a luz amarelada reluzia contra sua pele alva e uma sensação esperançosa percorreu suas células, Louis pode finalmente, contemplar algo maior do que a escuridão, ali, a sua frente estava os pequenos rastros de que a luz existia. Era real. A vida era real. Louis era real. Havia mais lá fora, coisas que ele não podia se lembrar, mas que agora, como um gatilho, retornaram sua mente.

Ainda de joelhos, deitado contra o chão, Tomlinson fechou as ires azuis e deixou que sua mente o levasse para lugares fantasioso. Louis estava em uma casa, grande e confortável, tinha mais gente, pequenas meninas e elas riam, assim como ele. Havia também uma mulher, alta e bonita, tão similar a Louis como seu reflexo no espelho, seu sorriso era tão acolhedor que Louis sentiu a mesma sensação de tocar os raios solares, apenas ao observar seus dentes branquinhos. A mulher o tinha em seu colo, alegre e o beijava na bochecha.

"Tão grande meu Boo Bear" Foi o que ela lhe sussurrou, o enchendo de beijos pelo corpo, Louis riu, aquilo era bom em uma escala gigantesca da palavra. "Eu te amo, querido." Ela disse, o encarando encantada, como se Louis fosse uma joia rara, algo precioso e delicado.

Amar.

Louis já havia ouvido sobre isso antes, vagamente pelas pessoas a sua volta, ela se lembra de ter dito isso antes também, Louis já amou alguém, contudo, esse sentimento lhe parecia distante e desconhecido. O que seria amar? Louis havia se esquecido.