Capítulo 6

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*ouça murder song ao ler esse capítulo *

Em um piscar de olhos lembranças vieram a tona.

Eu nunca imaginei que isso algum dia aconteceria.

Esse podia ser meu fim, afinal, como eu vim parar aqui? como eu virei alvo da arma?

Sim, tinha alguém atrás de nós, e sim, é exatamente o que você está pensando.

- Entre nesse beco AGORA sem reagir.- disse como um leve sussurro não deixando de ser intimidador.

Olhei para o Ken e ele estava pálido, totalmente sem reação.

- Eu não vou repetir.- disse o assaltante colocando a mão no bolso encostando algo nas costas do ken, o que fez ele ficar ainda mais em pânico.

Obedecemos.

- Acho bom as mariquinhas terem algo de bom para me oferecer. - disse ele suspirando firmemente - caso contrário...

E sem ao menos olhar ouvimos um disparo, ele matou um gato a sangue frio, tiro certeiro no coração.

- ABRA A BOLSA

Abrimos e colocamos tudo no chão, felizmente ken tinha um celular na bolsa, ao meu ver isso já bastava para ele nos liberar, afinal, nos livros policiais que leio é assim.

- Corre.

Kentin saiu em disparada, sem ao menos olhar para trás.

O assaltante passou os olhos nos meus pertences e bruscamente me puxou pelo braço e apontou a arma para minha cabeça.

- Acho bom você ter uma boa lembrança da vida, porque esses seus últimos momentos não serão lá essas coisas.

Senti um sorriso brotar em seu rosto ao ver que eu não conseguia parar de tremer, até ouvirmos um barulho dos carros da polícia, o sorriso em seu rosto desapareceu.

- Não sabia que seu amigo era tão ousado assim, pena que não vai resultar em nada.

-FIQUE PARADO ONDE ESTÁ E LARGUE O GAROTO E A ARMA KEPNER.

- Ora ora, não esperava que nos encontraríamos novamente.- deu uma pausa olhando diretamente para o policial sem sequer se mexer ou me dar alguma possibilidade de brecha. - da última vez jurei que te mataria se visse na minha frente, parece que o menino aqui vai sofrer as consequências por você.- disse soltando uma risada ironica.

POW

Senti meu coração sair pela boca
Senti uma leve dor na nuca

Essa seria a última sensação que sentiria em minha vida? O encerramento de tudo?

Ouvi passos e me dei conta de que ele havia me empurrado para o chão e atirado para dar um susto nos policiais, que já não estavam mais lá.

me vi sozinho
desamparado
VIVO
e isso já me bastou

- NATHANIEL - alguém gritou ofegando ao apoiar uma das mãos no joelho como descanso e estendendo a outra oferecendo amparo, minha visão estava meio turva.

Olhei para cima e era Ken, o abracei.

O abraço mais sincero que já teria dado em minha vida, um misto de sentimentos.

- Assim que sai fui em busca de ajuda, espero ter chegado a tempo. Oh meu Deus.- disse ele olhando para o meu pescoço acobertado de sangue manchando minha camiseta branca.

- Eu estou bem.
Essa foi a resposta que mais repeti durante um tempo, a resposta que eu quis que fosse verdade.

A ambulância chegou, me levando diretamente à ala de trauma do hospital, sim, eu havia rompido uma veia mas segundo eles, eu não sentia nada por causa do trauma.

Fiquei uma semana internado, Kentin e eu combinamos que isso ficaria entre nós.

Uma semana depois

Voltando a escola em plena sexta-feira.

- Ai nath você agora tá todo mole por que tirou a apêndice, voltar pra escola e ter o seu "cargo" é algo meio cansativo né.

Não contamos nem para a minha irmã, ficou entre meus pais, os pais do ken e eu.

- Além do mais, voltar as aulas na sexta nath, não acha melhor vol..
imediatamente a interrompi.

- Não aguento mais ficar parado. - soltei uma risada constrangedora para disfarçar o fato de que ficar em casa me fazia reviver esse momento varias e varias vezes.

- Ok, ok, papi você pode nos levar?- disse ela revirando os olhos para mim e fazendo uma vozinha que só faz quando quer algo.

Ele olhou para mim e assentiu.
Chegando a escola me subiu aquele frio, aquela insegurança, aquele medo que eu não sentia a anos.

Isso me tornou alguém sem autoconfiança, não posso deixar isso transparecer.

Não vi o Ken a manhã toda, fiquei preocupado pois no dia seguinte ele me avisou que não iria parar de ir para a escola, já que não havia acontecido "nada demais" com ele em relação a fraturas, talvez um trauma ou algo do tipo.

- Estou indo embora.

Era a voz dele

- Antes de mais nada, usei o motivo de estar sofrendo com a adaptação e com umas três meninas pegando no meu pé, esse é meu último dia e agradeço a você por tudo.

- Mas pra onde você vai?

Tarde demais, ele já havia saído da sala, foi um dos primeiros alunos a sair quando o sinal tocou.

Peguei minha mochila e fui procurar ambre, que provavelmente estaria com as amigas dela.

O vi de relance, segurando a mão da Esther e colocando algo sobre ela, ela estava com a mesma expressão que eu, ela certamente é a garota que ele comentou. Senti uma mão no meu braço, virei e era Ambre, ao voltar a posição que estava antes acabei o perdendo de vista. Uma lágrima escorria pelo rosto dela.
preciso me afastar, pelo ken.

Acabou que ouvi a versão que ele contou para os professores e ele não me usou para sair como herói ou me colocou como herói, isso me surpreendeu profundamente. Espero algum dia vê-lo novamente...

*
oi mores, acordei toda inspiradinha e acabei escrevendo, obrigada por tudo, isso aqui só acontece por causa de vocês.
avalie e recomende para seus frenous para crescemos cada vez mais.
FELIZ 2K18 <3
(qualquer comentário/correção/sugestão são bem vindos, interajam comigo aaaa)

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⏰ Última atualização: Apr 28, 2018 ⏰

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