14-Bullying?

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                      POV Sabrini Adams

   As lágrimas escorriam pelas minhas bochechas e pingavam em minha blusa com rapidez, eu estava na varanda no meu quarto observando a rua enquanto pensava em tudo o que passei nas mãos de Justin. Eu só não conseguia entender o por quê de tanto ódio sobre uma pessoa inocente, que nunca fez mal a alguém. Lembrava de cada soco que levei, de cada chute, de cada empurrão, de cada humilhação, e simplesmente não conseguia controlar as lágrimas. Como aguentei tudo isso?

    Antes minha mãe sempre me dizia que eu era uma guerreira, e que guerreiros nunca desistiam da luta, por que no final do túnel sempre havia uma luz. E foi isso o que me fez pensar duas vezes antes de me matar. Será que realmente havia uma luz no final do túnel pra mim?

  Ou minha vida sempre vai ser esse inferno?

Funguei e tratei de limpar minhas lágrimas rápido ao escutar a porta do quarto ser aberta.

–Sabrini?—Era a voz da minha mãe, respirei fundo e me virei, entrei no quarto e a encarei

—Oi.

Ela me encarou e caminhou em passos rápidos em minha direção, logo segurado o meu rosto

—Me perdoa?—Seus olhos estavam marejados, e eu ficava cada vez mais confusa

—O que deu em você, mãe?

Ela suspirou e soltou o meu rosto, mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça

—Eu não devia ter falado com você daquele jeito... eu... eu sou uma péssima mãe—Suspirou ao terminar de falar

—Mãe, não fala isso—Revirei os olhos e me sentei ao seu lado—Olha, eu odeio drama e odeio ver você chorando, então para de chorar e me escuta—Sequei suas lágrimas que caiam rápido, eu não sabia como agir em momentos como esse, principalmente com minha mãe que nunca parou pra conversar comigo.—Você agiu como todas as mães agem, se estressou, e isso é mais do que normal, não te faz ser uma péssima mãe. Tudo bem que não temos uma relação tão boa, mas... ainda sim você é minha mãe, e nunca fez mal algum pra mim, sempre quis o meu bem mesmo não estando tão próxima assim. Eu que sou uma garota fechada e estranha que nunca tem paciência pra nada, e por isso que na maioria das vezes te estresso com esse meu jeito. Mas eu amo você, mãe, você é... uma mãe boa, e agradeço a Deus por te ter do meu lado pelo menos—Dei um sorriso de canto a olhando, enquanto ela me olhava com um olhar diferente, um olhar que expressava querer desabafar.

Dona Sara me abraçou com força e beijou minha bochecha.

—Tenho tanto medo de te perder....—Ela falou baixinho e franzi o cenho

—Você não vai me perder, por que pensa nisso?—Me afastei um pouco e a olhei nos olhos

—Certas coisas têm que ficar guardadas a sete chaves, meu amor.... mas tenho certeza que um dia descobrirá—Ela sorriu afagando os meus cabelos e se levantou, enquanto uma interrogação estava estampada em minha testa

—Como assim, mãe?—A olhava atenta enquanto a mesma caminhava em direção à porta—Mãe!

—Com o tempo saberá, Sabrini, de acordo com o tempo....—Ela suspirou e saiu do quarto.

Minha mãe às vezes falava essas coisas estranhas, mas ela nunca explicou o que era, sinto que tem coisa errada nessa história toda.

(...)

—Sabrini Adams!

Ouvi a voz da coordenadora e levantei a cabeça, olhando a mesma

—Sim?—Nesse momento todos já olhavam pra mim.

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⏰ Última atualização: Jan 08, 2018 ⏰

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