As gotas de chuva caem sem pressa...
Quando era criança eu não gostava muito de chuva,
Talvez porque eu não poderia brincar com minha imaginação lá fora...
As gotas de chuva se assemelham a cristais agora,
Brilham...Meus dedos agarram a xícara com uma bebida quente,
Tomo um gole e a repouso sobre a mesa,
Encaro a janela uma vez mais...
As gotas explodem e somem ao cair no chão,
Deixo a porta aberta para sentir o cheiro da natureza se levantar do asfalto,
Não que isso faça qualquer sentido...
Encaro enfim, meu caderno,
Desorganizado,
Amassado,
Rabiscado,
Ouvi dizer que cadernos são o reflexo da personalidade de seus donos,
Tenho então,
medo de quem sou...Lápis ou caneta?
Vou com a caneta azul que me lembra o mar,
Que me lembra a chuva,
Caneta...
Estou me sentindo ousada hoje, não?
Giro a caneta três vezes e meia em minha mão,
É o tempo do barulho da chuva tocar meu coração,Meus olhos estão brilhando e eu sei disso!
Apoio a caneta no papel,
Devagar,
Pulo o título,
Ainda não tenho certeza sobre o que o poema vai ser...Escrevo a primeira frase,
Algo sobre um sentimento profundo,
Um sentimento que escondo lá no fundo,
Ou que reside em alguém que inventei em minha cabeça...Está na hora de escrever,
Desligo o superego,
Ligo o Id,
Mas infelizmente não consigo mante-lo,
Ego e Id então,
trabalham juntos,
Se unem e se alternam,
Fazendo minha imaginação crescer...Uma vez que a primeira linha é completada,
Não consigo parar,
Escrevo rápido,
Meus movimentos são quase mecânicos,
Pois minha mente está em outro lugar,Ouço a chuva,
Novamente,
A sussurrar...Pinga...
Pinga...
Pinga...
Está na hora de parar...
-A chuva cessou...
Tiro os olhos da janela e os volto para a folha,
Ela está completa,
Todas as linhas foram preenchidas com minha terrível letra,Minha bebida acabou,
Meu poema acabou,
A chuva parou,
E eu nem vi o tempo passar...
Quando era criança eu não gostava muito de chuva,
Talvez porque eu não poderia brincar com minha imaginação lá fora...
Hoje,
Eu a amo.A chuva me traz inspiração porque,
De certo modo,
Me sinto mais perto do céu,
E o barulho das gotas colidindo com o chão,
É como uma leve canção,
Como o coral de pequenos anjos ao meu redor...A chuva também me faz recordar de lágrimas que já rolaram sob meu rosto...
A chuva é uma inspiração bipolar,
As vezes me deixa triste,
As vezes me deixa feliz...Mas isso não importa.
Minha inspiração se foi,
Pois a chuva acabou,
Então,
Esse poema também...
Oii gente...
Onde eu estou estava chovendo, então escrevi sobre...
Na verdade, minha inspiração foi a chuva e um pedaço de bolo que comi, estanho né? Kkkk
Com esse poema eu quis descrever não só os sentimentos da chuva como os da escrita, algumas partes podem não parecer fazer sentido, mas eu quis que fosse assim...
Algumas partes também pode-se tirar uma interpretação separada...
Como a parte do Id, ego e superego (não sei se vcs conhecem essa teoria) mas basicamente é para nós começarmos a agir mais com a imaginação e não darmos tanta importância a opinião exterior...
Outra parte, eu quis mostrar como o tempo passa quando nos focamos em algo...
Esperam que tenham gostado...
Ahh, qual é o tipo de poema favorito de vcs?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poesias De Uma Garota Parcialmente Perturbada!
PoésieAqui estão algumas poesias ou testinhos, feitos de coração! São felizes, tristes, irritados, apaixonados.... São tudo!