O Dualismo Complexo

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   O significado original da palavra é significativo em relação ao caráter dos álfar, que reteve seu status divino, derivado de sua origem da luz. Os elfos luminosos são relacionados, freqüentemente, ou até mesmo comparados aos Vanir (deuses da fertilidade). Os elfos podem ser encontrados em associação com as divindades durante todo o Eddas.

    Os álfar são divididos, como os seres de muitas mitologias, entre a luz e a escuridão, que são relacionados, freqüentemente, ao dualistico princípio do bem contra o mal. A partir deste paralelo, é possível derivar os dois tipos de álf: Elfos Luminosos (ou Elevados) e Elfos Escuros (ou Negros) (dualismo comparável às Cortes Seelie e Unseelie do Sidhe, na mitologia céltica, aos anjos e demônios do cristianismo, e aos Devas e Asuras do Hinduísmo). É interessante notar que os Elfos Escuros, independente de serem claros ou de tonalidade escura, são caracterizados, às vezes, como diabólicos; às vezes, são caluniados; ao mesmo tempo, alguns ajudam os Elfos Luminosos e os Æsirno Ragnarök.

   Além disso, deve-se notar que o dualismo da Luz/Escuridão se correlaciona ao confronto entre o bem e o mal. Os Elfos Luminosos pertencem, normalmente, ao lado "bonzinho" da história, do mesmo modo que os Elfos Escuros (e mesmo os anões) formam a trupe de "bandidos". Esta visão simplista, entretanto, não é corroborada pelo Eddas, que apresenta os elfos (luminosos e escuros), anõesAesirVanir e Jotuns como capazes de realizar tanto o bem quanto o mal. Os únicos seres verdadeiramente malignos... (se este termo pode ser aplicado a alguma força elemental da natureza), são os gigantes de fogo (demons), que serão responsáveis pela destruição do mundo imperfeito e antigo durante o Ragnarök, e do nascimento do novo mundo, preconizado como muito melhor, no espaço restante (uma última função benéfica).

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