O poeta Fingidor

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O poeta é um fingidor,

Finge tão completamente,

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente,

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm

E assim nas calbas de roda,

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda,

Que se chama o coração.

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⏰ Last updated: Jan 11, 2018 ⏰

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