Capítulo 1

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Era quase uma da madrugada de sábado quando fui deixada por meus amigos na calçada em frente minha casa e estranhei em ver as luzes da casa acesas

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Era quase uma da madrugada de sábado quando fui deixada por meus amigos na calçada em frente minha casa e estranhei em ver as luzes da casa acesas. Apesar de ser de noite o clima estava perto do perfeito. Nem muito frio, nem muito quente. Me despedi dos meus amigos e caminhei até a porta aproveitando o vento leve. Não tinha bebido muito, mas tinha dançado bastante aquela noite. Beijei um carinha e depois de altas risadas com meus amigos decidimos terminar a noite cedo. A vizinha estava silenciosa, mas quando ouvi gritos dentro da casa senti um arrepio horrível e corri para a porta. Quando toquei a maçaneta a porta foi aberta com tudo por meu irmão Gabriel. Os gritos cessaram e todos os olhares caíram sobre mim.

Minha mãe estava com o rosto inchado e vermelho provavelmente de tanto chorar, meu pai parecia tremer de raiva e Gabe não estava nem um pouco diferente. Minha irmã mais nova Cassie estava sentada no topo da escada pelo que pude ver e imaginei que também estivesse chorando. Todos estavam em seus trajes de dormir menos Gabe que estava de jeans, tênis, uma camisa cinza e o violão preto nas mãos. Nas costas estava uma mochila.

- O que está acontecendo aqui? - murmurei temendo que mais uma briga entre meu irmão e meu pai tivesse em curso. Era o maldito karma do fim de semana.

- Esse traste do seu irmão! - gritou meu pai enfurecido puxando minha mãe para trás dele - Não quer nada da vida! Insiste em viver em bares e boates a noite toda!

- Você não entende que isso é meu trabalho?! - gritou Gabe em resposta me assustando. Meu pai nunca apoiou seu desejo de viver da música e almejava que ele pudesse administrar a vinícola da família, mas esse não era o sonho do meu irmão.

- Isso não é trabalho Gabriel! - rosnou meu pai apontando o dedo contra ele - Isso é pura vadiagem sua! Não te criei pra ser um perdido e morrer nas drogas!

- Quantas vezes tenho que te dizer que eu não uso drogas?! Eu apenas quero viver da música! Eu não sou nenhum vagabundo!

- É sim! Música não é futuro!

- Você não pode me apoiar uma vez que seja? Você não pode viver seus sonhos porque o vovô te obrigou a trabalhar para ele, então me deixa viver os meus. Eu não sou você! - Gabriel avançou poucos centímetros contra ele enfurecido e eu simplesmente não tinha reação - Eu não vou viver os sonhos de ninguém, eu vou viver os meus! Eu não sou frouxo!

Eu não sabia se tinha visto direito, mas quando vi Gabe levantando o rosto e se recompondo vi que nosso pai realmente tinha dado um soco nele. Quando ele pensou em avançar contra o papai me meti entre os dois.

- Chega! - pedi sentindo as lágrimas começarem a sair - Gabriel, não vale a pena! Por favor... - choraminguei agarrando seus ombros e o chacoalhando vendo que os olhos dele estavam focados ainda no papai.

- Amy... - minha mãe soluçou de um canto qualquer do hall de entrada - Venha pra cá...

- Saia da minha casa e não volte nunca mais! - meu pai ordenou e eu sabia que ele estava extremamente furioso pelas palavras ferinas do meu irmão. Agarrei mais forte os ombros de Gabe como se aquilo o impedisse de ir embora. Os dois tinham ido longe demais.

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