Súbito pedido

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-Olá! Pensei que não viria. Robson fala levantando e puxando a cadeira para Rosy.

- Há não, você já tem alguma pista?

-Bom, antes de começarmos, o que acha de pedirmos algo para comer? Ele fala folheando o cardápio.

- Quero apenas um suco.

Seus olhos observavam de longe, uma criança brincando na rua com o seu pequeno carrinho de madeira e lembrou do tempo que se divertia com às palhaçadas do seu pai.

- Vou pegar um hambúrguer e um refrigerante.

- Vamos começar agora...

Robson da um suspiro de desconforto, chamando o garçom para perto de sua mesa e fazendo o pedido.

- Vocês encontraram alguma pista?

- Bem, encontramos um pequeno lenço desbotado, levamos ele para a analise e daqui alguns dias, vamos descobrir quem matou sua amiga.

Neste momento, Rosy se enche de alegria, mal podia acreditar nisso e estava disposta a colocar o culpado a onde merecia.

- Você não sabe como estou feliz, eu amava Rimera como minha irmã. Às lágrimas mal puderam se conter nos seus olhos.

- Calma, tudo dará certo. Ele fala dando-a um lenço.

- Muito obrigada! Você não imagina como isso é importante pra mim. Ela não tinha mais ninguém, éramos o que uma tinha da outra.

- Pode ser que não acredite, mas eu te entendo, tenho um irmão, ele foi adotado logo quando éramos pequenos. Amo ele como se fosse de sangue, posso lhe apresentar qualquer dia.

- Séria um prazer.

Depois de passarem um bom tempo conversando, Rosy foi direto contar a novidade para Martion, afinal, de algum jeito, ele era o amigo mais próximo que ela tinha agora.

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Toc, toc...

- Rosy, pensei que a veria só amanhã, mas que bom que está aqui. Martion fala fechando a porta para ela entrar.

- Eu sei, mas estava ansiosa para te encontrar, tenho grandes novidades.

- Então sente-se, acabei de comprar um bolo de milho, está aparentemente bom.

- Hoje fui encontrar o policial Robson e parece que a investigação do caso da Rimera está quase chegando ao fim, ele me falou que encontraram uma prova lá e que foi levada para uma analise. Ela fala pegando uma fatia bem generosa de bolo.

- Que bom, espero que encontrem o culpado.

A aparência de Martion estava estável, carrega um sorriso aberto, e isso significa que o seu plano, estava indo como o planejado, afinal já tinha a confiança de Rosy e com mais alguns esforços, teria a completamente para si.

-Mas, o que você queria conversar comigo?

- Verdade, tinha até me esquecido. Ele vai em direção a ela, levando um copo quase transbordando de suco.

- Não precisava. Mas, é algo sério?

- É que vou ter que ficar com meu sobrinho e quero sua ajuda para arrumar o quarto para ele, já até comprei tudo que é necessário.

- Que ótimo, podemos começar agora e você me explica como isso aconteceu.

- Fiquei de dar uma resposta daqui uma semana, mas resolvi ficar com ele, afinal pode ser até uma experiência divertida.

- Tem razão, crianças trazem muitas alegrias.

- Você pretende ter crianças Rosy?

- Sim, duas. E você ?

- Bom, parece que já vou ser né?

Os risos ecoam pela sala e eles sobem indo em direção ao quarto, para começarem a arrumação.

- Bom, Temos que medir às paredes. Rosy fala se abaixando em direção a fita métrica.

- É melhor começarmos logo então.

Eles passaram uma grande parte do dia pintando aquele quarto, até que ficara muito agradável, era um azul bebe bem receptível. A janela ficou escondida atrás de grandes cortinas beges, e o quarto foi todo decorado com forme a chegada do menino que foi uma má notícia.

Depois de tudo estar terminado, Martion e Rosy sentam de costas para a janela, na tentativa de descansar um pouco, depois de toda a arrumação.

- Nossa, Ficou lindo.

Os olhos de Rosy admiravam tudo, principalmente a mesa onde estava coberta de brinquedos.

- Sim, Muito lindo.

Às mãos de Martion vão em direção ao rosto de Rosy, e bem vagarosamente, ele a beija .

- Desculpe-me, não sei o que me deu, você faz o meu coração falar por mim.

Seu corpo se afasta e a sua cabeça logo vai em direção ao chão.

- Espere, eu também fico assim quando estou ao seu lado.

Ela o puxa, e neste momento um beijo surge entre os dois. Fazendo um clima bem envergonhoso surgir.

- Você quer namorar comigo?

Martion olha bem no fundo dos olhos dela, como se a quisesse hipnotizar.

- Não sei, Posso pensar?

- Hm, Claro

- Acho melhor eu ir, quando o seu sobrinho chegar, me avise.

- Sim, ele vai adorar conhece-la.

Eles se despedem, deixando um clima não muito bom no ar.

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- Adivinha o que aconteceu?

- deixa eu ver, você ajudou aquele cafajeste e vocês se beijaram, acertei?

- Como você sabe?

- Típico, não precisa ser vidente pra saber.

- Ele me pediu em namoro, mas falei que iria pensar.

- Aposto que vai aceitar.

- Mãe, a senhora e o seu sarcasmo.

- Já falei o que acho. Mas agora vamos sair, preciso comprar umas coisas pra fazer uma lasanha.

- Prefiro ficar em casa, estou cansada.

- Pois bem, mas vê se não vai sair.

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- Alô!

- Oi! Sou eu, Robson, espero não estar incomodando.

- Claro que não, tem novidades?

- Os resultados saem amanhã.

- Nem acredito nisso, me avise quando saber, estou tão aflita.

- Aviso sim, e como você está?

- Muito bem, e você?

- Ótimo, mais ou menos, tenho que fazer plantão hoje.

- Parece entediante.

- E é, tenho que desligar agora, tenha uma boa noite.

- Igualmente.

Rosy estava completamente radiante, aquele dia estava sendo realmente bom, depois de tudo que havia acontecido. Finalmente descobriria quem de aquela horrível crueldade com Rimera, e assim poderia pagar. Mas também não sabia o que pensar a respeito de Martion, mesmo gostando dele, ela levava sempre em consideração o que sua mãe falava.

O mal da almaOnde histórias criam vida. Descubra agora