SETE EXÉRCITOS '' A Lenda do Dragão Kronoscan ''

A LENDA DO DRAGÃO KRONOSCAN Part 1

Robson José Teles

PREFÁCIO

"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal'' (Friedrich Niezsche) SETE EXÉRCITOS é um universo povoado por dragões, guerreiros, gigantes, florestas, reinos, batalhas e a interminável luta maniqueísta que tem desde sempre sido o background dos grandes épicos e mitos de todos os tempos. Nada que não tenha sido explorado à exaustão por figurões como J.R.R. Tolkien (O Senhor dos Anéis), George R.R. Martin (Crônicas de Gelo e Fogo) ou o universo da famigerada série Game of Thrones, alardeará alguém! Ledo engano! O universo criado pelo romancista Robson Teles possui vida e atmosfera própria. SETE EXÉRCITOS, ainda que faça uso do imaginário fantástico e épico, traz ao leitor uma espécie de cheiro tupiniquim, nos levando a imaginar reinos, tribos e povos, cujas peculiaridades associam o irreal com aquela espécie de déja-vu repleto de brasilidade, o que torna o romance ainda mais atrativo para nós, habitantes das terras abaixo da Linha Equatorial! A grande questão por trás de Sete Exércitos é a Ética. Esse é o escopo principal muito bem ocultado pelo autor nas entrelinhas desse maravilhoso Épico. O quanto a humanidade é capaz de jogar e se imiscuir nas mais sangrentas batalhas para defender um direito comum, o de viver, conviver e simplesmente subsistir num mundo onde a ganância, o egoísmo, o poder, a luxúria e o instinto sanguinário prevalecem. Toda a imagética mitológica e fantasiosa dos grandes épicos e epopeias da Antiguidade e do mundo contemporâneo parecem girar em torno desse enredo, um enredo dualista que tem sido a chave da milenar jornada humana sobre a Terra, a eterna luta entre o Bem e o Mal, a Luz e as Trevas, a Paz e a Guerra. Quem será digno de montar o Unicórnio Alado e quem dominará a fúria do Dragão Kronoscan? Tanto no universo de Sete Exércitos como na cotidiana vida real essa é a grande questão.

No final quem vence? A Ética ou o despotismo? A Luz ou as Trevas? Ou coexistiriam ambas em harmonia, interdependência? Isso você só poderá saber ao ler o livro até o final. Todavia, Sete Exércitos é um arquétipo apropriado para a grande questão da humanidade em todos os tempos, eras e épocas. A questão que recai sobre a responsabilidade de cada um ao escolher o caminho pelo qual irá conduzir sua jornada terrestre. Robson Teles, um artista genuinamente planaltinense, autor de outros livros, poemas e demais atividades na área das artes lhe convida a adentrar ao seu universo particular, o universo de Sete Exércitos. Esse não é um convite comum, um mero apelo para que vo cê leia mais um livro. É sim um clamor de alta responsabilidade, onde apenas o leitor poderá decidir de que lado está e em qual exército irá se alistar. Essa resposta, preferimos que cada um guarde no mais íntimo âmago de seu ser e que ela possa refletir em cada uma de suas ações enquanto habitante do planeta Terra. Essa é a função de toda grande Literatura. Função que Robson Teles cumpriu com brilhante esmero e inigualável espírito visionário! Tiago Siqueira

            A Floresta Gigante é quase infinita e nela vivem várias tribos unidas e em harmonia, sobrevivendo da pesca, caça e algumas plantações. A mata é muito rica e abundante em recursos naturais. Grandes rios e lagos de várias léguas cruzam a gigantesca floresta. As tribos são unidas por um guerreiro que provou seu valor, nas comemorações anuais da festa sagrada do Dragão Kronoscan. A floresta para o resto do mundo é assombrada. Nos reinos mais distantes, contam histórias de pessoas que sumiram nessa Floresta Gigante. Os setes reinos mais fortes do mundo, não tem noção do tamanho da floresta e nem a quantidade de guerreiros Anataks que vivem ali. Exceto o Rei Fulla, que tem contatos com os guardiões e eles aprenderam a confiar nele, durante os anos. Eles confiavam em seu pai que durante todo o seu reinado, manteve com os guardiões a paz entre seus povos. Fulla é um homem justo e de palavra que sempre manteve amizade com eles, em segredos. Nas margens do grande mar, vivem os Anataks, tribos pacíficas e protetoras do Lago Negro. Eles são guardiões do Unicórnio Alado Dourado que segundo a lenda contada de pais para filhos, ele vive nas margens do grande Lago Negro. Uma lenda que cercam os Anataks e o resto do mundo. Reis de todas as partes acreditam e fazem de tudo para conquistar a Floresta Gigante e controlar o unicórnio.As trombetas tocam avisando que o lago está sendo invadido por homens da Fortaleza. Os Anataks conhecem bem o lugar e eles sabem explorar cada árvore e fazem estratégias de batalhas como ninguém, tornando ainda mais perigosa a Grande Floresta. – Ataquem ao leste! Grita um guardião de sentinela. – Arqueiros preparem-se! Fiquem calmos... Treinamos a vida inteira para isso. Os inimigos são os mesmos de eras. Aguardem! Ao meu comando... Calma, calma, calma... – Esperem que eles aproximem da água preta. Diz Kimati. – Acendam as flechas agora! Grita o chefe dos guardiões em tom de bravura e controle da situação.