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- Você está bem, querida? - Mamãe corre em minha direção deixando as sacolas pardas no balcão da cozinha

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- Você está bem, querida? - Mamãe corre em minha direção deixando as sacolas pardas no balcão da cozinha.

- Eu tive um pesadelo, - choraminguei - foi tão real, pensei que fosse morrer.

Seu rosto delicado se transforma numa carranca de total preocupação:

- O-o que exatamente você sonhou Marie - ela gagueja colocando as mãos em meu rosto, em seguida ajeitando meus cabelos atrás da orelha.

Eu a conto sobre o sonho detalhadamente e ela me escuta com os olhos marejados. Suas mãos tremem quando ela pega o celular na bolsa e disca um número, caminhando para longe de mim.

Vou para o quarto e me jogo na cama frustrada, minhas emoções estavam à flor da pele. Tinha medo de estragar as coisas mesmo com o pouco tempo em que estávamos morando em Hollywood. Dessa vez eu tinha prometido para mim que iria fazer tudo certo. Não seria como o Brasil.

- Arrume as malas, precisamos viajar. - ela entra no meu quarto com os cabelos desgrenhados e o nariz vermelho de chorar - Anda logo, Marie! - ela berra ao perceber que não me movi.

Eu me levanto nervosa e corro trôpega na direção do closet, jogando as primeiras roupas que encontro numa mochila grande de oncinha. Apenas alguns vestidos, shorts e t-shirts divertidas. Nada que eu pegaria caso fosse uma viagem planejada.

- O vôo é em meia hora Mars, - Juliette praticamente corre na calçada com seus Valentinos de .
- Este é Quíron. - Julliet Bland apresenta sem jeito um senhor sentado numa cadeira de rodas - Ele vai te ajudar... bem, nós nos falamos por telefone algumas vezes. - Mamãe torce as mãos nervosamente pelo vestido.

O homem sorri para mim e sinto meu coração vacilar. Seus olhos cansados me fitam como se pudesse ler através de mim. Sinto um calafrio correr pela minha espinha. Os dois se afastam para conversar e eu observo o acampamento estranho que se forma a partir das colinas. Consigo ver uma enorme casa de madeira e ao fundo alguns chalés em forma de U.

- Nós temos que nos despedir. - Mamãe enlaça os braços em volta dos meus ombros, me tirando dos pensamentos.

- Você não vai ficar? - olho assustada para o enorme campo verde, me sentindo como uma criancinha deixada na escola.

- Não Mars, não posso entrar. Lá dentro você estará a salvo, não tente me contatar. Eu volto para conversarmos quando for seguro. - Mamãe beija freneticamente o meu rosto enquanto lágrimas escorrem pelo seu rosto. - Eu te amo muito, tá?

Eu assinto e a abraço apertado. Um novo mundo havia se aberto para mim. Ares é o meu pai.

- Seja bem-vinda ao acampamento meio-sangue, Marie. - É a última coisa que escuto antes de ser atingida por algo e tudo ficar escuro.

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Texto sem revisão.

A Filha da GuerraOnde histórias criam vida. Descubra agora