Orolonueva

23 3 0
                                    

Três jovens recém formadas em direito, decidem viajar para desfrutarem de um bom descanso após anos de estudos e muito trabalho. O trio parte da capital de Minas Gerais em um carro sedan de luxo, cor preta e pertencente a mais velha do grupo, Luiza, de vinte e nove anos, com destino ao sítio da família de Marilena, a mais jovem com vinte cinco anos, na cidade baiana de Ibuíra.

- Onde estamos agora Nilda? Consulte essa merda de aplicativo para viagem logo! Pergunta Luiza fumando um entorpecente.

- Como? Se o celular descaregou! Mas analisando o lugar.... Aqui deve ser  fim do mundo! 

Responde a moça de vinte e sete anos bem alcoolizada, que se encontra sentada no banco dianteiro do passageiro. Ela ri descontroladamente da situação, enquanto segura uma garrafa de vodka sem a bebida.

- Não se preocupe Luiza! Eu conheço bem tudo aqui onde Judas perdeu as meias pois as botas; perdeu bem antes!

Ironiza Marilena, sentada no meio do banco traseiro, sempre dando pequenas goladas numa cachaça barata dentro de uma pequena pet, já quase vazia.

- Sua bêbada desgraçada! Olhe no aplicativo do celular onde estamos!

As duas dão gargalhadas irritantes quanto ensurdecedoras.

- O que houve agora?

- Que mulher nojenta você heim! A merda do meu celular também  descarregou!!! Mas eu já disse que conheço tudo por aqui sua surda desgraçada!

- Tudo bem, tudo bem! Não se irrite! Então agora você é nosso aplicativo Marilena. - Luiza joga o cigarro de maconha pela janela - Me de essa garrafa Nilda!

- Toma! - Ela ri com a não na boca.

- Merda! Tá vazia!

- Ainda bem Luiza! Você não pode beber dirigindo! - Ironiza.

- Há vadia! Querendo me dá lição de moral!?

Luiza então pede para Marilena procurar o seu celular em sua sua bolsa no banco de trás. A moça o procura e o acha dizendo:

- Só tem cinco por cento de bateria que não dá para nada sua idiota! Parece que não confia nessa baiana arretada!?

- É que você é burrinha para encontrar endereços! Doutora de merda.

De repente, uma tempestade de areia surge, atrapalhando a visão de Luiza que grita:

- Droga! Não consigo ver nada!

- Pare o carro se não você vai bater!

O veículo parece se choca na lateral direita em um barranco alto, que não havia ali antes. Tudo de forma leve. Instantaneamente, mesmo com reflexos baixo devido ao entorpecente e cerveja que havia tomado em uma parada na estrada, Luiza freia.

A nuvem de poeira então some rapidamente; deixando todas  surpresas e assustadas.

- Mais que coisa "louca" foi essa? Acho qua a vodka tá fazendo efeito.

- E a cachaça em mim! O Nilda? De  onde você acha que surgiu essa tempestade de areia? Nem estava ventando! E esses barrancos dos dois lados da pista? A vegetação também está diferente! Cheia de plantas estranhas e coloridas.

- É.... Eu pensando que a fumaça do cigarrinho do capeta já tava corrompendo meus neurônios.... Mas pelo visto não! Seria impossível termos alucinações iguais! Ou seria? Quer saber! É melhor eu verificar o estrago no carro. Essa viagem tá virando uma furada! Já tá me dando prejuízo.

- Eu vou com você Luiza!

- Eu também.... E quando voltarmos para Belo Horizonte.... Ajudo você com o prejuízo do carro.

Cinco Contos de horrorOnde histórias criam vida. Descubra agora