Cinco Contos de horror

CH Restaurante

Vinte e três horas...
Com um endereço anotado na agenda de seu celular, a prostituta Nini chega ao local e fica abismada com o ambiente.
Um prédio antigo de cinco andares com uma pequena entrada onde no alto da mesma a uma placa simples escrito; CH restaurante.
- Mas que droga de puteiro de luxo é esse? Parece mais uma espelunca! E ainda se intitula restaurante... Tenha paciência! Só eu mesma para acreditar em anúncio de jornal... Que ódio!!! Vou embora.
Nini começa a caminhar quando uma voz masculina muito bela a chama. Ela então se vira e vê um senhor vestido socialmente e elegantemente que diz:
- Senhorita Nini!?
- Sim... Sou eu. Quem é o senhor?!
- Um sócio do lugar. Sei que é difícil de acreditar que aqui é um restaurante! Mas eu garanto que os frequentadores são de um grande refino e alto padrão.
- Só que eu não vim aqui para ser garçonete! Se é que você me entende.
- Acalme-se moça! Sei a sua real vinda para cá. Só que antes de conversarmos sobre o emprego anunciado... Gostaria que entrasse e conhecesse o ambiente onde terá clientes com muitas riquezas. Veja a sua volta! Só carros de luxo... De grandes marcas.
Nini então observa a rua detalhadamente avistando os veículos luxuosos.
- É... Realmente você tem razão sobre os carros!
- Então? Vamos entrar?
Respirando fundo, a prostituta aceita o convite.
Ao entrar no restaurante, Nini se depara com um lugar muito luxuoso. Imediatamente os clientes que ali estão se levantam e cumprimenta a moça. ( Nove homens e sete mulheres ).
A também uma mesa forrada com uma toalha doutora onde a outras três prostitutas chamadas, Jiji, Bell e Drica.
Nini então é acomodada com as outras três moças, que nunca tinha se visto antes.
Dois outros homens, também bem trajados e jovens, se aproximam. Um deles diz:
- A quarta convidada chegou garotas! Agora vou servir a vocês nossos melhores pratos e melhores bebidas.
Jiji pergunta:
Porque tanta formalidade? Somos putas! Geralmente nossos patrões tem nojo da gente.
- Mas aqui é diferente. Seus futuros clientes querem vê-las bem. Para estarem ótimas na hora do abate - O homem então pisca para o quarteto e depois fala bem baixinho - Acho que entenderam o trocadilho?!
- Tá certo então! Se é assim que vocês trabalham! - Fala Drica.
Bell passa a mão em sua barriga dizendo:
- Já que estão com tanta bondade. Me traga logo o que comer! E também seu melhor vinho... Eu adoro vinho.
As outras três prostitutas entram no clima e também fazem seus pedidos.
Enquanto o homem mais idoso do trio anota as preferências das garotas, Nini pergunta:
- Gostaria de saber o nome de meus patrões?
Ele para de escrever, e com um sorriso largo e sinistro responde:
- Eu me chamo Zan... Esse meu sócio sarado chama-se Henri e o bonitão Cris. Bom... Agora nos deem licença para pegarmos seus pedidos. O trio sai.
Enquanto esperam a comida, Nini observa o ambiente mais calmamente onde vê uma parede repleta de quadros com fotos de diversas garotas em quartetos, sentadas na mesma mesa que elas estão.
- Garotas, deem uma olhada naquela parede cheira de quadros!
As três então olham; Jiji comenta em seguida:
- Devem ser as putas que já tiveram o mesmo tratamento da gente... Como é seu nome?
- Nini.
- Eu sou Jiji, essa é a Drica e...
- Eu sou Bell - Que ainda estava a observar os quadros. Perplexa ela se vira e comenta:
- Você observaram que as garotas nos quadros estão assustadas?! E que não há mais nem um cliente nas mesas ao fundo!
As quatro observam novamente e comprovam o que Bell disse, mas no momento em que iam comentar o fato; Zan fala bem alto, assustando as moças.
- Garotas! Vamos servi-las.
Rapidamente diversos pratos apetitosos e bem cheirosos são postos a mesa, acompanhados de bebidas bem caras.
Drica, a mais faminta, já começa a comer. Em seguida as outras fazem o mesmo. Apenas Bell não parece se sentir confortável com o ambiente, principalmente depois que viu os quadros. E ainda, observou que os clientes mantém muita atenção na mesa onde elas estão.

**********

Vinte e três horas e cinquenta minutos...
Enquanto as garotas de programa apreciam aquela refeição saboroso; os clientes começam a se levantar quase todos ao mesmo tempo; passado pela mesa das prostitutas e fazendo comentários como:
" Belas moças gostosas "
" Se alimentaram bem? "
" Vou colar um adesivo no carro "
" Adoro moça que gosta vinho "
" Vou me esbaldar com vocês "
" Cada filé! "
" Vou ficar bem satisfeita "
Em seguida todos começar a sair do local.
Depois que o último cliente deixou o restaurante, o três sócios reaparecem de um acesso que parece vir da cozinha, usando avental branco de plástico.
Cris veio empurrando um carrinho com duas imensas bandejas, enquanto isso Henri tranca a porta do restaurante e Zan retira os pratos da mesa onde estão as moças.
Nini, com um sorriso tímido e preocupado, pergunta:
- Então Zan... Qual suas propostas de trabalho? Quanto vai nos pagar pelos programas?
O homem sorri discretamente pegando seu celular do bolso, em seguida se aproxima das bandejas e ao lado de Cris, que segurança as tapas pronto para abri-las. Zan começa a falar:
- Garotas... A proposta será a mesma que eu fiz as minhas quatro últimas convidadas.
- E qual foi? - Jiji pergunta.
Zan posiciona seu aparelho celular como se fosse tirar uma foto e responde:
- Quem quer ser a primeira a morrer?
Imediatamente Cris abre as bandejas onde quatro cabeças de garotas jovens, duas em cada prato, assustam as moças que gritam de pavor enquanto Zan as fotografa.
Jiji, com os olhos cheios de lágrimas por causa da situação, caminha rapidamente para trás dizendo:
- Eu vou embora daqui! Não quero...
No mesmo momento uma imensa faca de açougueiro atravessa sua barriga na altura do estômago, em seguida sua cabeça é arrancada por outra faca. Após a decapitação, as três moças veem Henri feliz por ter matado Jiji.
As prostitutas gritam muita com aquela cena de horror, em seguiram tentam fugir pela porta principal, mas nem se lembram, pelo desespero, que o assassino trancou o lugar.
O tril força a porta gritando muito. Enquanto isso Henri arrasta o corpo de Jiji para a cozinha e Cris pega uma barra de ferro que estava de baixo do carrinho onde trouxe as cabeças.
- Calma suas depravadas! A primeira vaca já foi levada para a desossa. Agora meu sócio vai preparar a segunda a ser abatida, quebrando seus membros!
Zan começa a olhar para as moças como se fossem animais de abate, em seguida aponta para Drica que grita:
- Não... Não me machuque! Eu não fiz nada... Por favor!
Cris então se aproxima da garota que tenta se proteger atrás de uma mesa, enquanto chora muito. Assim como Nini e Bell que ainda forçam a porta.
Desesperada, Drica arremessa uma cadeira no rapaz que desvia, ela repete o ato mais duas vezes até que é surpreendida pelas costas por Zan, que lhe pega pelo pescoço com o golpe da gravata.
Drica começa a perder o fôlego e já prestes a desmaiar é solta, caindo no chão enquanto tenta  recuperar o ar. Só que antes de se restabelecer-se, ela é cruelmente agredida por Cris, que começa a golpear a moça nos braços e nas pernas até quebrar diversos ossos da garota.
Enquanto via e ouvia Drica gritar implorando para que o homem parece com aquela tortura; Nini e Bell ficaram abraças gritando por socorro.
Após a barbaridade que fez com a garota, Cris a arrasta para a cozinha puxando ela pelas pernas quebradas enquanto aprecia sorridente a prostituta gritando muito de dor.
- Seu desgraçado! O que você quer com a gente? O que vai fazer com a Drica?
Friamente, Zan pega a cabeça de Jiji e se aproxima das duas, em seguida fala:
- Prostitutas imundas! Serão iguarias para meu clientes... Os mesmo que assistiam vocês engordando enquanto eles comiam o último lote de carne humanos que tínhamos! Agora, vou escolher a próxima a ser abatida, enquanto meus garotos retiram as carnes daquelas vagabundas. Coisa de meia hora cada corpo. Pois só queremos as nádegas e seios para os homens, e as partes intimas para as mulheres que dizem ser um afrodisíaco e... - Zan então tem outra ideia - Pensando melhor! Vou guardá-las na gaiola enquanto eles terminam o serviço.
- Por favor? Nos deixe ir! - Pede Bell com o rosto todo melado de lágrimas, babando e com o nariz escorrendo.
Zan então caminha até a caixa de energia e a desliga.
Nini grita com o apagão, e Bell apenas solta um pequeno ruído enquanto se urina toda.
As duas começam a ouvir o som de algo metálico, em seguida elas são puxadas violentamente para dentro de alguma coisa. Depois percebem que estão sendo arrastadas.
Após alguns minutos, já em repouso, e sem ver nada pela escuridão; as duas garotas começam a ouvir o gemido da Drica pedindo por socorro.
- Onde você esta amiga? - Pergunta Nini que tenta se levantar, mas acaba batendo a cabeça em algo.
- Estamos presas em alguma coisa Bell? O que será?
- Deve ser a gaiola que ele falou. Só pode ser isso!
De repente a energia é restabelecidas e as duas vem algo horrível.
Um tipo de cozinha, onde pedaços de um corpo humano estão sobre uma imensa mesa de mármore. A também diversos freezer e fogões cheios de manchas de sangue. Mas o chocante é o corpo de Drica pelado pendurado de ponta cabeça, e ao lado Zan que empunha uma faca. Ele então começa retirar a pele da garota.
A cena é aterrorizante; Zan retalha Drica, que tem uma morte lenta e horrível.
Enquanto estava com os olhos fechados para não ver aquele esquartejamento, Nini sente a mão de Bell lhe entregando algo. Ela então olha e vê um canivete dobrável de uns quinze centímetros.
Após matar Drica, Zan diz aos seus parceiros que estão ao lado da gaiola:
- Me tragam aquela ali agora!- Ele aponta para Bell.
Henri se aproxima e abre a gaiola puxando a moça, enquanto Cris aguarda com a barra de ferro nas mãos para golpeá-la.
Bell luta se debatendo, até que dá una mordida na mão de Henri que grita muito a soltando. Então; aproveitando a oportunidade, Nini acata o homem com o canivete enfiando o mesmo no pescoço de Henri que cai morto.
Rapidamente, Nini corre na direção do salão do restaurante chamando por Bell que custa a se levantar.
Já junto a porta de saída, a moça volta a forçar a mesma quando gritos assustadores dados por Bell a apavora a ponto de se urinar toda. Segundos depois ela vê a garota sair da cozinha sem os dois braços, onde muito sangue jorra.
Nini então grita muito alto e longamente o nome da moça:
- Bell...
Ela nada responde, apenas fica olhando para Nini enquanto lágrimas escorrem até a boca da garota. Nesse instante uma imensa faca surge do peito de Bell a matando instantaneamente.
Respirando muito rápido e com o corpo tremendo, Nini vê Cris todo salpicado de sangue pulando o corpo de Bell que está com a faca cravada nas costas.
- Você vai pagar muito caro por ter matado nosso parceiro. Zan vai fazê-la sofrer muito mais do que a vagabunda que você viu sendo retalhada.
Cris avança na direção da moça que corre para se proteger usando as mesas como escudo.
- Não adianta fugir sua biscate!
A perseguição dura certa de três minutos até que Nini tropeça caindo próximo ao corpo de Bell. Cris rapidamente se aproxima batendo a faca no pé esquerdo da garota, cortando fora três dedos dela.
- Não se preocupe sua puta... Zan a quer viva e...
Nesse momento, vendo que não tem alternativa, Nini puxa a faca do corpo de Bell e a enfia na barriga de Cris que cai morto.
Ela então se levanta e corre, desta vez, até o banheiro para ver se a alguma saída. Lá chegando, entra e trava a porta.
Com muitas dores no pé decorrente da perca de seus dedos, Nini tenta parar o sangramento usando papel higiênico. Sem sucesso; ela retira sua pequena blusa de alça e a usa para estancar o sangue.
Só com um pequeno sutiã sensual e de sainha, Nini começa a chorar e orar muito quando fortes batidas na porta a faz dar um pulo de susto.
- Quem está ai?
- Abra a porta sua prostitutas nojenta!!! Juro que vou matá-la... Vou arrancar seus pedaços com mordidas. Nem que eu leva dias! Vingarei a morte de meus sócios... Sua assassina!
Com muito ódio, Nini começa a esmurrar a porta gritando e depois dizendo:
- Assassino é você! Seu canibal desgraçado!
De repente, a ponta de um machado surge depois de transpor a porta do banheiro, bem próximo ao nariz de Nini que; com o susto cai sentada. Em seguida diversas outras machadadas são dadas.
Sabendo que; se Zan invadir o banheiro ira matá-la com requintes de crueldade, Nini começa a procurar alguma coisa para quebrar o pequeno vitro do banheira. Ela então vê a tampa de porcelana da caixa de descarga. Com um pouco de dificuldade ela ergue a mesma a arremessando no vitro, que se quebra deixando as laterais cheias de pontas de vidro. O mesmo acontece com a peça de porcelana que ao cair no chão acabou em pedaços. Alguns grandes e pontiagudos.
Nini se prepara para pular a pequena janela do banheiro quanto; Zan consegue abrir uma imensa fenda na porta. Ele então põe sua cabeça para dentro do ambiente dizendo:
- Vou moer sua carne bem de vagar! Prostituta!
Zan começa a tentar passar pelo buraco. A garota então pega um pedaço pontiagudo da porcelana  e a enfia no olho dele que gritar muito com o ataque. Depois,
Nini se apoia na janela quebrada onde, com muita dificuldade por esta se cortando com as pontas de vidro do vitro, saí do prédio caindo sobre caixotes de feira em uma rua estreita de paralelepípedos.
Ela então se levanta bem atordoada, e sangrando muito por diversos cortes; anda por alguns metros até que para no meio daquela rua mal iluminada e olhando para a lua, dá um longo e forte grito.

**********

Um lindo sedan prata com dois idosos freia bruscamente ao ver uma garota semi nua toda ensanguentado.
O casal sai do carro para ajudá-la.
- O que houve com você? Qual seu nome? - Pergunta a mulher. Nini responde em prantos e apavorada:
- Eu me chamo Nilda... E um louco assino matou minhas amigas para comê-las! Agora ele quer me pegar! Me ajudem pelo amor de Deus!
- E onde foi isso?
Nini aponta para a janela por onde escapou. Em seguida o homem pede para ela entrar no carro.
No bando de trás do veículo, Nini se deita e chora muito pelo horror que passou naquela noite de lua cheia.
O sedan então começa a se mover, com um adesivo coloca no vidro traseiro na parte superior com a seguinte frase:
" Sou cliente fiel do CH restaurante"

FIM