Vamos falar de amor?
Tempo é amor e, como muitos sabem, acredito muito nisso.
Desde que eu me entendo por gente, tento perceber as formas subjetivas que as pessoas têm, tento entender o porquê de cada forma, cada jeito. Olhando os outros, procurei entender o meu jeito, o julgado diferente para um menino de seus 15 anos, que sempre cresceu com sua identidade própria sobre amor. Para ele, esse sentimento idealizado não era o encontrado em filmes, o tal era romantizado, foi ensinado que deveria fazer muito bem para quem ele escolhesse ter ao seu lado. O menino pensava que, devido a sua criação com a maioria de mulheres, o amor teve outro sentido, e ele estava certo.
O julgado como "idealizado", era banalizado por garotos de sua idade e, até hoje, em um mundo regido pelo virtual, o "eu te amo" é algo cada vez mais raro. Amores líquidos caindo no mesmo clichê, talvez um clichê tão atual que não mereça tal denominação.
Aquele menino já ouviu tantos "Não se entrega assim!", "Cuidado para não se apaixonar!" e tantas outras frases onde, ao fim de cada aviso, o mesmo só conseguia se perguntar "por que?". Qual era o problema de tentar e de amar? ele não havia sido criado assim, cresceu ao redor de muito amor e, felizmente, não media suas palavras quando o assunto era esse.
Dentro de nosso planeta Terra, o garoto parecia habitar um mundo paralelo da realidade comum, teve que aprender a ser cauteloso com suas atitudes, porém, sem nunca mudar sua essência, fazendo sem questionar o motivo de ser tão amoroso. Enfim, até hoje ele não compreende o motivo de um mundo que utiliza cada vez mais o virtual, que surgiu com a premissa de aproximação dos indivíduos, tanto os afasta e, cruelmente, cria laços finos e fáceis de se romper. O dinamismo do imediato não trouxe amor, trouxe ganância, correria e as vezes até egoismo, quando observamos a extrema falta de tempo para se dedicar a quem se ama.
Esse menino ainda crê que pode conseguir deixar este mundo um pouco mais calmo, com maior afeto. Ele acredita que o comum deveria ser diferente e, com sorte, frases como "cuidado para não se apaixonar" deveriam vir acompanhadas de um "Por quê não?".
O tempo não é dinheiro, não é disputa de valor entre pessoas. O tempo, assim como o amor, é subjetivo. Basta querer administra-lo da melhor maneira que puder!
"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar"
Porém, esperançoso, digo que ainda há tempo de mudar.
Obrigado pela leitura, reflitamos!