Capitulo 1

13 0 0
                                    

 Júlia narrando.

– Oi Sra. Brown, precisa de ajuda pra levar essas sacolas? – eu dizia enquanto esperava uma reposta da Sra. Brown, que com um sorriso totalmente amigável respondeu. 

- Claro criança, se não for incomodar. 

- De maneira alguma. - Sorri pegando as sacolas dela, seguindo-a para sua casa. Vocês me acham idiota? Não são os primeiros.. Algumas pessoas me olham como se eu fosse algum tipo de ET. Mas, eu me sinto tão bem, e útil. Sinto que posso fazer algo que possa não parecer que eu posso ser útil. A palavra útil, me lembra que minha irmã e eu, iremos daqui a pouco, para a aula de balé, e depois para a casa onde ajuda a crianças, o ACA Ajuda a Crianças Abandonadas, no outro lado da cidade.

 - Obrigada pequena criança, quem nos dera se toda geração de jovens, fossem assim ou ao menos uma parte dela. – Dizia ela após me oferecer dinheiro, e eu recusar. 

- Se precisar pode me chamar. – Depositei a ultima sacola, e dei um beijo na sua bochecha.

 Sai correndo, entrando na outra esquina em caminho pra casa. 

POV Louise 

- Os vizinhos novos? – Escutei meu irmão, Bruno, dizer. – Aah, são legais, mãe. Já vai Louise? – Perguntou enquanto eu descia as escadas, com as roupas do balett numa bolsa a minha e da minha irmã, que por acaso esta atrasada.

 - Filha espera em frente de casa, que eu já saio. - Disse mamãe, enquanto subia as escadas. Sai de casa, com a bolsa com a roupa, e com um pente e a touca de bailarina, eu já havia feito o meu coque. Até que uma pessoa esbarra em mim, é bom fazer balé num momento desses.

- Louise desculpa, eu ajudei a Sra. Brown e acabei me atrasando, não foi propositalmente. Juro, juro, juro. Desculpa? – Eu só consegui rir. 

Parei em frente da minha casa, havia uma bagunça armada, os vizinhos novos, nem prestei atenção, em plena sexta-feira; não gostei, devem ser de alguma cidade grande... O Bruno foi pra lá. Pessoas certinhas não deviam ser, até por que meu irmão e a palavra “bagunça” se completam de uma forma estranha. Ele falou com um homem que estava de costas, não consegui ver o rosto, só notei o excesso de musculos, então Bruno deu meia volta vindo em casa. 

- Vira – eu disse pra Jú. Comecei a fazer o coque nela, deixei alguns fios, o Bruno passou, foi falar com a mamãe, botei a touca. A mamãe tava saindo da garagem. Eu entrei no carro, na frente e a Jú atrás.

- Meninas, por que vocês não vão outro dia, pra ACA e o balé faltar uma vez não faz mal. Hoje há um jantar de boas vindas, para os novos vizinhos – Bruno disse. 

- Não, hoje tem uma pequena apresentação na ACA, se a Jú desejar ficar, pode ficar, mas eu prometi a Marie que iria. Não posso realmente.

- Você não pode carregar o mundo sozinha. 

- Eu vou com o Bruno. – A Jú disse. Eu suspirei entendendo sua tentativa. 

- Boa sorte, mas tenho certeza que você, vai se arrepender. – Soltei um sorriso sem emoção enquanto mechia na minha bolsa.

Mamãe foi falar, com uma moça que devia ter uns 38, provavelmente, a nova vizinha. Mamãe, veio pro carro, e eu só consegui escutar a Jú falar: 

- Mas, eu quero ir, Bruno, eu falei pensando que ela ficaria.

- Não, quer mesmo ficar, filha? 

- Não, mãe eu não quero. –Pus o cinto, e recostei a cabeça no banco, e fomos. Eu estou agindo como uma criança deveria ter somente, ido ao jantar e voltar para casa. 

I'm yoursOnde histórias criam vida. Descubra agora