O desenvolvimento da tecnologia emerge os seres humanos em um novo universo, fazendo parte do desenvolvimento histórico-social e cultural de sociedades desde a invenção da roda.
Desde então, todas as invenções tecnológicas foram criadas com o intuito de facilitar e automatizar atividades, aproximar, interligar e unificar os povos, não importando etnia, idioma, faixa etária ou classe social.
Há cem anos, nossos antepassados jamais imaginariam que a comunicação instantânea se tornaria possível através de um aparelho menor que a palma de nossa mão, porém, hoje isso é possível e o contrário pode ser considerado um absurdo, pois vivemos na era do imediatismo.
Os aparelhos eletrônicos estão presentes em nossa casa, no trabalho, em momentos de lazer e em praticamente todos os momentos de nossas vidas e, aos poucos, estão transformando nossos comportamentos e as formas de nos relacionarmos.
Ao mesmo tempo que criamos, transformamos e inventamos novos modos de aproximar nações, construímos modelos para nossa solidão, pois da mesma forma que temos acesso a uma pessoa que está do outro lado do mundo através de uma tela de um aparelho eletrônico, também temos nos distanciado das pessoas que estão fisicamente próximas a nós.
Junto com a globalização e suas incontáveis facilidades, vieram também tensão, depressão, ansiedade, trânsito, insônia e atividades cerebrais constantes. Temos a possibilidade de nunca nos desligarmos e temos feito isso de maneira desenfreada. Estamos recebendo informações 24 horas por dia, sete dias por semana.*
No Brasil, o consumo de remédios para tratamento de transtornos psicológicos cresceu 74% nos últimos seis anos, o mesmo período em que tivemos um "boom" das mídias sociais. Logo, podemos concluir que a tecnologia também atinge em cheio nossa saúde física e mental e, embora seja de extrema importância para o avanço social, não possui valor algum se não formos educados para utilizá-la corretamente.
* Relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 23 de fevereiro de 2017.
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A pacata vida de um cidadão urbano
Non-FictionPor que zonas urbanas tem alta prevalência de transtornos mentais e qual a influência da tecnologia sobre isso?
