Capítulo 3
Visão do Henrique
Acordo, tomo um bom banho para despertar do sono, visto uma calça jeans escura, uma camiseta polo bordô e um sapatênis preto.
- Oi Henrique. – Disse Marcela tentando fazer voz sedutora.
- Oi.
- Nossa... Que seco!
- Ah Marcela, não me enche, jájá teremos a tal entrevista e eu não estou bom pra papo furado.
- Está bom, senhor bravinho. Você sabe onde vai ser a palra?
- Sim, vai ser na cobertura. - Olho no relógio e volto a falar com a Marcela - Sabe que temos apenas 1 hora, não é?
- Sim, é verdade, mas pode deixar que em 50 minutos estarei pronta.
Duvido. A Marcela nunca fica pronta na hora certa.
Ela deixa o restaurante do hotel e assim que termino o meu desjejum, vou para uma área do hotel que é destinada aos fumantes. Nesse instante toca o meu celular e ao olhar no visor, já sei que é minha mãe.
- Bom dia filho!
- Oi, bom dia mãe! Aconteceu algo?
- Não, apenas estava com saudade. - Pela voz dela percebi que estava me escondendo alguma coisa.
- Tem certeza? Como está o papai?
A ligação demora um instante e sei que não desligou, porque consigo ouvir a respiração dela.
- Ah ele está bem, o problema é seu irmão.
- O que ele fez dessa vez?
- Foi em uma festa ontem de noite e até agora não voltou.
- Calma mãe, ele sempre demora pra voltar das festas.
- Sim, eu sei, mas dessa vez estou com um mau pressentimento.
- Você já ligou para ele?
- Já, mas caiu direto na caixa postal.
- Deve ter acabado a bateria dele. - Ele nunca carrega a bateria. - Olha mãe, eu e a banda teremos uma entrevista agora e assim que der eu tento falar com ele.
- Tudo bem filho e você, como está?
- Estou bem, só um pouco nervoso por causa da conversa com a jornalista, mas estou bem sim.
- Que bom meu filho!
- Mãe, agora preciso desligar.
- Tudo bem, boa sorte.
- Obrigado, beijo.
- Beijo.
Vou em direção à cobertura pensando na minha relação com meus pais e meu irmão. Sempre fui muito amigo dela e eu entendo o quanto sente minha falta, principalmente depois que passei a morar sozinho. Feliz ou infelizmente eu não me arrependo da escolha que fiz; estava precisando ter um espaço só meu, sem que meu pai ficasse reclamando toda vez que eu fosse tocar bateria. Até parece que ele achava que ainda era uma criança, mesmo eu estando com 27 anos.
Sou o primeiro a chegar na sala que ficaremos, enquanto o restante não chega eu aproveito para ver se está tudo certo com a minha bateria e com o meu Cajon.
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- Bom dia rapazes! Disse a moça que chegou junto com o Pedro.
- Bom dia, você é a senhorita Paula, não é? – Diz o Renato Gutierres.

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Opostos
RomantikaAcredito que vão gostar da história de um casal, que são muito diferentes um do outro e em a princípio 20/25 capítulos, irão descobrir o que é mais forte, o amor ou suas diferenças.