Capítulo 7

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Depois que voltou da casa da irmã, Sting se sentia irritado. Ela não o ajudou em nada, apenas tentou fazê-lo desistir de Kayla e investir em Julie. Ele tentou descobrir o motivo de falar para a irmã sobre suas conversas com Julie, mas sentia necessidade de falar sobre ela. Quando pensava em Julie, se acalmava, era como se todas as suas preocupações perdessem a importância.

O desejo de ouvir a voz dela, durante o dia, era quase insano. Sting tinha mandado algumas mensagens para ela, mas nada se comparava quando ouvia sua voz suave. Ele estava com vontade de conhecê-la, descobrir se ela era tão bonita como a sua voz.

Sting esticou o braço e pegou o telefone, precisava ouvir a voz de Julie ou enlouqueceria. Ficar em casa sozinho, era um martírio, ele nunca gostou de solidão, sempre fazia questão de estar no meio de muitas pessoas.

— Ei. – A tradicional saudação dela fez o coração dele acelerar. — Como vai, Sting? – Ela arrastou a voz no nome dele e Sting foi a nocaute.

Nunca tinha ouvido algo tão sexy como a voz dela o chamando. Era como se Julie estivesse fazendo amor com o nome dele. O som o deixou tão duro, que ele teve medo de não conseguir falar com ela sem se tocar. O desejo de sentir alívio para o seu tesão era quase doloroso.

— Eu já tinha me esquecido que tinha te contado o meu nome.

— Contou, mas não me disse a história por trás desse nome inusitado. – Sting gemeu quando lembrou da origem do seu nome. — Eu quero saber como você acabou se chamando Sting. – A curiosidade de Julie estava em plena ebulição.

— Quando se tem uma mãe louca como a minha, você ganha o nome de um famoso pop star em segundos.

— Então você é a versão brasileira do Sting roqueiro? – A descontração na voz dela o fez sorrir.

— Uma versão muito melhor, eu sou muito mais bonito que ele.

— Jura? – Julie não duvidava da beleza dele, algo lhe dizia que Sting deveria ser uma perdição de homem.

— Juro, o dia que você me conhecer vai ver que estou longe de ser estranho como o meu xará.

Um início de pânico dominou Julie, ela sonhava com ele em vários momentos do dia, Sting tinha virado uma obsessão que a assustava. Pensar em um homem que não era o seu noivo era abominável, mas cada dia que passava tornava-se quase impossível deixar de pensar nele.

— Sua mãe era fã dele? – Julie optou por não comentar o que ele falou, não podia conhecê-lo pessoalmente, era uma mulher comprometida e amava o noivo.

— Muito, ela foi a vários shows do The Police pelo mundo, minha mãe é uma aventureira nata.

— Que legal, a minha é super parada, só sai de casa por pressão.

Sting formou brevemente uma imagem da mãe de Julie e gostou do que pensou. A mãe dela certamente era tradicional, que cuidava dos filhos, dava amor, fazia almoços memoráveis. Bem diferente da mãe dele, que cada dia estava em um lugar em busca de elevação espiritual.

— Pode apostar que não é legal, Julie, eu praticamente fui criado pela minha irmã que é apenas quatro anos mais velha. Ela me deu toda a estrutura de família e amor, só que infelizmente ela não teve ninguém por ela. – O silêncio do outro lado da linha fez Sting chutar a própria bunda, ele jogou sobre Julie os problemas da sua família.

— Lamento, Sting, sei como as disfunções nas famílias podem nos afetar. – Julie sentiu algo se romper dentro dela quando ouviu a tristeza na voz dele. — Eu também tive meus problemas, eles me perseguem até hoje, tenho medo de me anular como a minha mãe fez.

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