Uma semana depois
Toda vez que precisava ir ao ateliê para tirar novas medidas, Julie já imaginava o escândalo que a sua sogra iria fazer. Laurinha sempre estava presente quando ela tinha que resolver algo sobre o vestido de noiva.
— Se você estivesse uns três quilos mais magra, tenho certeza que esse vestido ficará divino. – Julie olhou para ela perplexa, a falta de tato da sogra era irritante.
— Você está insinuando que estou gorda? – Hoje o humor de Julie não estava dos melhores, ela tinha brigado com o noivo e estava sem conversar com Sting desde que ele a deixou falando sozinha quando estava bêbado.
— Não gorda, mas um pouco acima do peso. – Sem nenhum constrangimento Laurinha replicou.
— Pelo amor de Deus, Laurinha, será que você não tem bom senso? – Fernanda olhou para a sogra da amiga possessa. — A Julie está perfeita, não precisa emagrecer nada.
— Toda mulher precisa perder peso, inclusive acho que uns cinco quilos seria excelente para você, Fernanda.
— Como? – Fernanda perguntou querendo voar no pescoço de Laurinha.
— Por favor, parem. – Julie interviu antes que as coisas acabassem mal. — A Fernanda está ótima, Laurinha e eu não pretendo perder três quilos, estou satisfeita com o meu peso.
— Pois deveria pensar em perder sim, uma noiva deve estar sempre abaixo do peso para ficar elegante nas fotos.
— O casamento será daqui a seis meses, então acho que o meu peso não é a prioridade nesse momento.
— Nem me lembre que tivemos que adiar a data, ainda sofro com enxaquecas por causa da confusão que está sendo adiar todos os serviços que eu já tinha contratado.
— Eu disse que podia resolver tudo, mas você insistiu em resolver os problemas sozinha.
— Você sabe que contratei tudo pessoalmente, então eu mesma preciso dar as satisfações necessárias para todos.
Sempre que a sogra fazia questão de mostrar que ela estava pagando todo o casamento, a vontade de Julie era largar tudo e cancelar todo o evento. Na verdade, ela nunca quis um casamento grande, seu desejo era algo simples, mas cedeu a vontade do noivo para não contrariar ele e a sogra. Só que ela não gostava de sempre ouvir Laurinha se vangloriar por estar pagando o casamento.
— Estou liberada, Nanda? – Julie necessitava ir embora, ou entraria em uma briga grande com a sogra.
— Está sim, já tiramos as medidas que precisávamos.
— Ótimo. – Julie pegou a bolsa e olhou para a sogra. — Eu vou indo Laurinha, depois nos falamos.
— Ainda não conversamos sobre a mudança na calda do vestido, eu acho melhor... – Julie ergueu a mão e interrompeu a sogra.
— Vai ficar como está, não pretendo mudar nada no meu vestido, Laurinha, acostume-se com isso. – Julie viu o exato momento em que Fernanda prendeu os lábios para não rir da expressão de contrariedade de Laurinha. — Depois nos falamos.
Julie não esperou pela resposta da sogra, correu para a saída do ateliê, precisava de ar puro para poder respirar com calma e colocar a cabeça no lugar.
Como estava na hora do almoço, Julie decidiu correr até o consultório do noivo para levá-lo para almoçar. Nos últimos tempos eles andavam trabalhando demais e quase não tinham tempo de se encontrarem durante o dia. Até mesmo os passeios noturnos tinham ficado escassos, Felipe sempre reclamava que estava trabalhando demais e sem disposição para sair.
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Degustação - Livro completo na Amazon - Quando o Amor Chama
ChickLitUma noite de chuva, uma ligação errada, uma confissão desesperada, uma voz sexy. Essa combinação foi o suficiente para virar de ponta a cabeça a vida de Juliete. Ela estava para casar e se sentia contente com o noivo. Mas depois de receber a primeir...