Capítulo II

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Desesperada e aflita, liguei para a minha melhor amiga, Alice, com certeza ela saberia o que fazer, sempre foi ótima conselheira, e o pai dela é pastor de uma igreja bem conhecida da cidade.

Antes que eu pudesse me recuperar dos soluços de choro, ela chegou, mal olhei para ela e me desabei em choro novamente, não conseguia nem sequer falar, tamanha era minha tristeza, apoiada em seus ombros, chorando e em silêncio, ela me levou até seu carro.

Chegando na casa dela, consegui falar algumas palavras entre soluços, e ela já me entendeu e disse:

- Ana, por que você fez isso? Você não é assim, sempre foi uma menina super dedicada, mesmo não seguindo nenhuma religião você sempre foi uma moça correta, o que deu em você nessa festa?

Então, após me acalmar um pouco comecei a falar:

-Alice, foi tudo por causa do Victor você sabe que eu sempre fui apaixonada por ele, e mesmo quando todo o resto da turma me ofereceu bebidas e eu recusei, quando foi ele que me ofereceu, eu apenas cedi, não consegui recusar. A conversa com ele foi fluindo, a bebida me fez falar demais, e sabe como ele é uma pessoa que quando vê uma oportunidade de acabar com a vida de alguém, ele não hesita em fazer, então, acabei dormindo com ele.

Depois disso, ficamos um bom tempo sem falar, apenas juntas, em silêncio. Acabei dormindo no colo da minha amiga, mas ela tinha que trabalhar, ela havia se formado médica no ano anterior, e estava completando seu primeiro ano de residência. Namorava o Carlos, um rapaz super meigo, sempre a tratou bem, estava se especializando em cardiologia, para ela, era o homem mais lindo do mundo.

Alice então, saiu para trabalhar, eu fiquei lá na casa dela, estava sem condições de voltar para a minha casa, se minha mãe me visse daquela forma e soubesse o que tinha acontecido, ela ia me matar, e não tiro dela a razão, porque naquele momento, a morte era o pensamento mais presente na minha mente.

Continua...

Desgraça, ou Graça?Donde viven las historias. Descúbrelo ahora