A vida da Doce Alexis está a um fio de mudar completamente.
- Você passou dos limites, Alexis! – Seu tom alto me deu um pouquinho de medo.
- Qual é. O Sr. Stone não tem senso de humor. – Dei os ombros, ainda um pouco assustada. Não podia incorporar a pura ironia em pessoa com papai estressado daquele jeito. Por isso que não faço questão de trabalhar. O povo que trabalha fica parecendo um bando de mal amados, eu hein.
Seu comportamento não anda sendo dos melhores, desde... Sempre?
- O que foi? Ele me deu uma suspensão de um mês? Juro que se for isso, ainda vou estar feliz. – Falei rindo. Mas, ela não riu.
- Papai recusou. Ele já fez a sua matricula, então negou o pedido do Sr. Stone. – Parei de rir, e fiquei séria tentando achar a pegadinha. Olhei em volta. Não podia dar um ataque se aquilo fosse uma pegadinha. Imagina só o mico!
E todo erro tem uma conseqüência. A conseqüência de Alexis é ir parar num internato.
Olhei na minha frente sem acreditar. Mas que merda! Aquilo era um internato ou uma pequena cidade?
E ai, ela conhece seu pesadelo particular.
Olhava distraído o meu celular tentando entender aquele recadinho idiota dos meus melhores amigos, poxa, nunca fui boa em adivinhação, caramba.
Não vi que tinha acabado o corredor e agora era uma escada. Pisei em falso, e esperei a queda. Mas, não veio. Olhei pra cima e me dei conta que alguém tinha me segurado. E esse alguém tinha os olhos escuros como a noite o que contrastava bem com sua pele bronzeada. Um sorriso engraçado estava explicito em seu rosto... Aquilo era deboche? Maldito.
- Ei, gata. Seu pai nunca te mandou não tropeçar em lindos estranhos?
- O que? – Falei... atordoada? Eu estava mesmo atordoada? Mas que grande merda! Depois daquela cantada idiota? Jesus! Empurrei ele saindo dos seus braços musculosos. – Vá se danar, babaca.
E o seu sonho de consumo...
Então senti um o corpo forte se chocar contra o meu, eu não cai, mas o impacto foi suficiente pra me molhar toda de suco. Qual é o problema das pessoas nesse hospicio? Já é segunda vez que eu esbarro em alguém. Estava pronta pra chingar o maldito que fez essa trapalhada. Mas, ao olhar pra cima minha voz não saiu. Lindos, loiro, olhos claros, forte e um sorriso simpáticamente envergonhado brincavam nos seus lábios.
- Me desculpe por isso, foi sem querer. – Ele falou e sua voz aveludada quase fez minhas pernas cederem. Que merda é essa?
- Minha intenção era beber o suco e não tomar banho com ele, mas tudo bem. – Tentei resgatar minha dignidade. Mas, PUTA MERDA! É dificil pensar em dignidade com um cara desse me olhando.
Acompanhe essa louca história!