Duelo de Cordas

Capítulo 1: Início

POV Lauren

Música: A arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização e etc. Ela sempre está queimando dentro de mim e eu não sei de onde ela vem, só sei que se ela ficar presa eu vou ser consumida por ela, é por isso que estou aqui, sentada em minha cama como todas as manhãs, praticando o melhor de mim, com o meu velho amigo, o violino. A grande janela atrás faz com que a luz do sol reflita em minhas costas, minha cama bagunçada reflete minha Vida nesse momento.

Ouço grandes batidas abaixo de mim, acho que são meus vizinhos que gostam de um som e isso é um sinal para que eu vá me levantar e ir ao metrô. Depois de um banho rápido eu pego minhas roupas, uma baby look preta, minha calça jeans também preta, coturnos e jaqueta de couro, pego um envelope e vou até meu violino e o coloco dentro de seu recipiente, é quando me deparo com uma foto do meu avô, que foi grande influência para que eu escolhesse o instrumento. Depois de tudo feito eu finalmente posso sair.

Esqueci de me apresentar. Sou Lauren Jauregui, tenho 19 anos e vim da Inglaterra, mas nasci em Miami, meus pais se mudaram quando eu tinha 7 anos de idade, mas essa história eu falo mais pra frente. Atualmente resido em Nova York, em um bairro em Manhattan e isso é tudo que vocês vão saber de mim por enquanto.

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POV Camila

Dança: Conjunto organizado de movimentos ritmados do corpo, acompanhados por música; bailado. Eu não lembro quando comecei a dançar, isso sempre fez parte de mim. Balanchine dizia: veja a música, ouça a dança. Não é o meu primeiro dia em Nova York, mas é como se fosse, meus olhos estão bem abertos e eu estou pronta para ouvir. Minha mãe está comigo dentro de um táxi indo ao Manhattan Conservatory Of The Arts, local onde eu ganhei uma bolsa de estudos de dança, daqui pra frente é onde quero recomeçar minha vida. Sou de Cuba, mas vim para os Estados Unidos com 8 anos de idade, filha de mãe solteira que batalhou muito para que eu pudesse ter uma vida melhor e ela conseguiu.

Sinuhe sempre foi a melhor mãe do mundo, de início quando chegamos ela trabalhou em um restaurante, ajudava na cozinha e tomava grande parte de seu tempo, mas com sorte ela trocou de emprego e foi para uma empresa de grande renome aqui em Nova York, então nossa vida melhorou bastante a partir disso. Então sempre irei agradecer a minha mãe por onde estou hoje.

− Querida, chegamos. Olhe isso tudo aqui Camila, é o que você sempre quis. - Minha mãe falou aos nos aproximarmos da entrada do conservatório.

− Obrigada por tornar isso possível. - Eu agradeço ela com todo amor e carinho.

− Você que tornou tudo isso possível, Camila. Lembre-se de me ligar quando precisar de algo mi hija. - Ela diz.

− Ligo sim mama, eu vou ficar bem. - Não resisto e dou um grande abraço.

− Eu sei que vai, eu estou pensando em como eu vou ficar. - Minha mãe responde já com lágrimas em seus olhos.

− Eu te amo, mãe... muito.

− Também te amo filha. - Assim nos despedimos para um novo capítulo da minha vida.