Cap. 9: A balada (continuação)

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Como assim eu teria que escolher mais alguém para dançar?! Eu queria ter ganho logo o fone e ter saído correndo!!! Mas se eu fizesse isso  pro meu lado, então decidi ficar. Deixei o Cat Noir escolher primeiro e então eles iriam antes de mim. O Cat Noir chamou a Ladybug, e depois de um tempinho vi a pessoa que eu menos esperava ali. O garoto que eu gosto da sala de aula, o Raphael. Tudo bem, nem era tão inesperada a presença dele ali, ele era o "menino dos rolês", vivia indo com os amigos pra balada. Mas nunca imaginei que viesse para aquela balada.

Ele é um pouco mais alto do que eu,  mais ou menos uns 5 centímetros, e hoje estava usando uma camiseta mais ou menos cumprida, de jeans, e uma calça apertadinha cinza. Ele tem o cabelo marrom e que dá mais ou menos no meio do pescoço, e hoje estava preso num rabinho meio torto. Ele vivia usando aquele tênis-bota vermelho (confesso, eu acho que ele fica lindo naquele sapato) sempre bem limpinho, mesmo sendo de um material que suja fácil. Seus olhos são de um tom caramelo bem clarinho, quase um amarelo.

Cheguei bem perto dele, como se nem o conhecesse, coloquei as mãos no bolso do meu blusão e disse:

-Quer dançar?

Ele me olhou, corou só um pouquinho e disse:

-Pode ser! 

Puxei ele pelo pulso (não sei de onde veio a coragem para fazer isso) e o levei até a roda onde Ladybug e Cat Noir iriam dançar daqui a pouco. Começou a tocar "No", da Meghan Trainor. A Ladybug começou fazendo uns movimentos leves com os braços, depois começou a fazer passos com os pés, e juntou uma multidão de meninas atrás dela, fazendo exatamente as mesmas coisas que ela. O Cat Noir arrasou, fazendo muitos passos complexos com os braços e com as pernas ao mesmo tempo, mas a combinação no final ficou legal. A Ladybug, que chegou um pouco depois das instruções dadas pelo DJ, foi fazer um passo com as costas no chão, e foi desclassificada. Queria tanto que essa dança durasse mais (não só porque eu não chego nem aos pés deles, mas também porque eles estavam arrasando naquela pista)!

Tá, agora era a minha vez. E aí, o que eu faço?! Eu iria dançar com o menino que eu gosto, eu fico super nervosa perto dele (geralmente, mas por incrível que pareça hoje era uma exceção), mas numa hora dessas era capaz de eu travar completamente! Mas aí eu me lembrei que já tinha dançado na frente de muita gente, sem ficar nem um pouquinho nervosa. Então peguei na mão do Raphael (tão quentinha, que inveja, a minha é sempre gelada), olhei direto pra ele e disse: 

-Vamos?

Ele só concordou com a cabeça, e eu fui meio que puxando ele (de novo) para aquele círculo de gente. Ficamos um de frente para o outro, e a música começou. Era um nightcore da versão masulina de "I wanna go", da Britney Spears, que era bem legal. Eu comecei dançando, fiz o mesmo jogo de pés da ultima vez (quando me levantei daquele passo dificíl), e fui rebolando um pouquinho no ritmo da música. 

Quando a voz começou, foi a vez do Raphael, que arrasou com uns movimentos com os pés e as mãos, e ele dançou até o começo do refrão. Depois eu dancei junto com ele, e a gente fez uns movimentos com os braços para cima, com os pulsos colados, cada um no seu lado. Eu rebolei um pouco quando a música animou, e depois foi a minha vez sozinha. 

Fiz uns passos bem aleatórios, e quando disseram a palavra "out" pela primeira vez, eu não sei muito bem como, mas fiz como se estivesse jogando limbo, aquele jogo de passar por baixo de um bastão, e fiz um sinal de pare com a mão. Antes do segundo "out", eu fiz uns passos com as mãos e depois me sentei de perna de peras cruzadas no chão, e me levantei já emendando com um outro passo com as mãos. Depois foi o refrão, eu dancei de novo com o Raphael, e depois foi uma parte mais calma da música, que o Raphael dançou sozinho.

Ele se ajeitou no chão, fez uns passos com as pernas e depois se levantou de um jeito complicado. Depois foi só o refrão, dançamos juntos que nem das outras duas vezes, com passos muito parecidos. 

Quando isso finalmente acabou, agradeci a dança ao Raphael (eu não gaguejei nem falei estranhamente!!! Isso é o que eu chamo de milagre!!!), peguei um fone de guepardo, o Cat Noir pegou um de gato preto,e o Raphael pegou um igual ao do Cat Noir, a Ladybug não pegou nenhum porque foi desclassificada e eu voltei para casa logo depois disso.

Cheguei em casa, me destransformei e deitei, depois peguei Gaytlin, coloquei ela na minha barriga e a perguntei:

-Então... Por acaso existem mais funções úteis escondidas no meu miraculous?

Então pessoal, esse foi o capítulo final da balada (vocês devem estar agradecendo por ela ter terminado, ficou mais longa do que eu imaginava)! Eu criei um blog (se vocês quiserem, o link é: miraculouslbfans.blogspot.com.br ) de miraculous. Esse capítulo termina com esse suspense básico,NÃO me matem! Esse capítulo demorou porque eu esqueci o caderno que eu escrevo na casa dos meus avós, aí eu tive que improvisar um pouco escrevendo no computador direto. Foi isso, até a próxima!!!

Miraculous - GuipardOnde histórias criam vida. Descubra agora