Capítulo 1

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Música: Demons - Jacob Lee

"I thought my demons were almost defeated
But you took their side and you pull them to freedom.
They know my secrets and won't let me go...
Won't let me go."

^~^

10 anos Depois (Atualmente) - Rachel

-Jacob, Venha cá! - Saí correndo atrás do meu filho enquanto ele bagunçava os móveis do escritório de Richard. -Não mexa no... *CRACK* - Oh não.... Aquele era o vaso preferido de meu marido. Ele mataria a mim por não tomar conta direito de nosso filho. Ai minha santa protetora de todas as mães descuidadas.

-Mamãe, quebrou! - Jacob me olhava com uma carinha tão inocente que quase, eu disse Q.U.A.S.E não briguei com ele. -Como diz sempre o papai: Você tá ferrada, Rachel! ~Chel... -Não precisei nem me virar para sentir a presença assustadora de meu marido, que arfava como um touro vendo o manto vermelho a sua frente. Me virei bruscamente e encarei a fera posicionada a poucos metros de mim.

-Richard, eu posso me explicar... Eu tentei controlar o JJ mas ele não me ouviu! Não nos machuque, por favor... -Coloquei-me a frente de Jacob, que o olhava sem entender o que estava acontecendo, mas permanecia agarrado a minha perna esquerda. -Papa~... -Antes do meu filho terminar sua frase, senti meus cabelos serem puxados grosseiramente por Ele, que me arrastava para o quarto com tanta facilidade que nem mesmo parecia que eu lutava para não ir. -MAMA! Mamanheeee! Volta aqui, mãe! -Meu filho berrava atrás de nós, puxando o próprio pai pela barra da blusa social, ao qual nem se mexia ou olhava para seu suposto primogênito.

-Depois eu cuido de você, Jacob! - Richard murmurou, quase espumando pela boca.

-Filho, a mamãe já volta. Fica quietinho no quarto, por favor! - Virei minha cabeça o máximo que R. me permitia na direção de JJ, que tinha lágrimas nos olhos, mas correu em direção ao seu quarto.

-Richard, se foi pelo vaso, eu posso consertá-lo o máximo. Fico dias e noites acordada, mas por favor, não nos machuque! -Supliquei, fechando os olhos quando seu punho agarrou ainda mais meus cabelos, só faltava os arrancar de tanta força.

-CALE ESTA MERDA DE BOCA, SUA VACA! - R. gritou em plenos pulmões e me jogou no chão bruscamente, trancando a porta. -Não é só pelo vaso, "querida", mas também por todas as vezes que você não conseguiu me satisfazer como EU queria e me desobedeceu. Sabe o que acontece com mulheres desobedientes, Rachel? Eu bato nelas até que as feridas se abram e elas gritem tanto a ponto de ficarem sem voz...

Enquanto falava, eu me encolhia mais e mais, cada uma daquelas palavras eram constantes. Ele estava bêbado e completamente fora de si, mas isso não significava que ele podia me tratar assim!

Balancei minha cabeça e me levantei tentando manter o pouco equilíbrio que me restava. Mesmo assim, fui derrubada por ele, que quase espumava pela boca. R. puxou a fivela de seu cinto e o arrancou da calça social, batendo-a contra o piso de madeira velha, soltando um rangido alto. Naquele momento, ponderei que estava entrando em pânico de verdade, podia sentir minha cabeça latejar e minhas pernas se enfraquecerem, como se estivessem apenas desistido de tentar lutar por algo impossível. Abaixei minha cabeça nas primeiras lágrimas escorrendo sobre meu rosto, supostamente devia estar toda inchada e com os olhos vermelhos, além de me sentir sufocada pelas constantes lágrimas que banhavam meu rosto pálido e frio, juntamente com a vontade de gritar em plenos pulmões, mas não daria esse gostinho a mais para ele.

Porém uma coisa ao qual eu não entendia sinceramente: Porquê isso estava acontecendo comigo?

Meus pensamentos foram interrompidos por uma risada um tanto sarcástica e louca. Aquilo não podia ser real! Richard caminhou vagamente em minha direção, acariciando o cinto enquanto o enrolava sobre o punho. Suas veias saltavam na testa e eu podia sentir seu corpo tenso vindo sobre a minha pequena e frágil pessoa. O ar a nossa volta estava rarefeito e o clima pesado constante. Seu sorriso sádico cessou quando ele ergueu meu queixo e sussurrou:

-Eu não sabia que "vadias" choravam. - E foi no momento em que ele ergueu o braço que ouvi o primeiro estralar ecoar contra minha pele, entre outros e........

*Pah*

-Rachel, are you fine? - Abri meus olhos e observei todos os cantos possíveis daquele quarto. Estava espantada e suada, a respiração ofegante e os cabelos desgrenhados.

Clara me encarava preocupada, com certo receio de chegar perto de mim ou me amedrontar mais -como se isso fosse possível- por isso, apenas se levantou e ligou as luzes dos abajures, sem tirar os olhos de mim. Então ajeitou a camisola/minha camisa de faculdade sobre o corpo, amarrando com a fita de seda e subiu na cama, ficando bem ao meu lado.

-Você estava tendo um pesadelo? Começou a se debater na cama e isso me acordou. - C. afagou meus cabelos e eu me aninhei a seu corpo, era um pouco desse carinho que eu precisava. Seu corpo magro me apertava e isso simbolizava que nenhum mal chegaria a nós. Sim, ela me protegeria e eu mataria por ela.

-Sim... Foi só mais um pesadelo... - Escondi meu rosto na curva de seu pescoço, lembrando do passado assombroso em que eu me encontrava antes dela.

-Eu vou ficar acordada até você dormir, tá bom? Agora deite-se.... - Apenas concordei e me enrolei novamente nos cobertores quentinhos e macios de nosso quarto, que cheirava a amaciante de lavanda e Clara, uma mistura de frutas silvestres e hortelã, talvez, mas era muito agradável. Adocicado e suave. Depois talvez perguntaria a mesma.

-Eu te amo, okay? - Ela sussurrou quando eu já estava praticamente adormecendo. Aquilo fez com que os pesadelos fossem nada em comparação à suas palavras tão simbólicas.

Era apenas um pesadelo.

Meu passado tão distante não era algo do qual eu me orgulhava, mas o presente sim, me faz saber que valeu a pena tudo o que eu passei e Clara passou por nós. Passado é algo do qual nos recordamos quase sempre, lembrando-nos que nossas escolhas fazem o novo presente e futuro.

E eu a escolhi. Ela é o meu presente e o meu futuro.

^~^

{Se a montagem ficou ruim, me perdoem

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{Se a montagem ficou ruim, me perdoem.}

~Resolvi sim começar pelo "final" porque eu sou vida loka! ME PROCESSA QUE EU CHAMO A NAZARÉ PRA JOGAR VOCÊS DA ESCADA! (não é EXATAMENTE o final previsto para o meu shipp mara, mas eu dei uma de revolts e resolvi inovar de certo modo) mas é claro que a historinha vai desde o começo, gente.

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XOXO!

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⏰ Última atualização: Jan 18, 2018 ⏰

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