14 - Modernismo até os dias atuais

462 13 3
                                    

Capítulo 14

Modernismo

Como vão vocês? Finalizando a parte teórica do nosso Guia de estudo literário brasileiro. Hoje falaremos sobre o modernismo brasileiro, a primeira geração, que também é conhecida como a pré-modernismo, foi aquela presente na Semana da arte já conversamos sobre ela. Foi aquele momento onde se reuniram muitos 'pensantes' que buscavam a quebra daquela 'dependência' de inspirar-se no que era criado na Europa, grande centro exportador de estilo até então. Foi oferecido vários debates que surtiram efeito. Na segunda fase, acalmaram-se um pouco os ânimos, mas os frutos vieram, muitos autores regionais se firmaram na literatura. Na poesia destaque para a autora Cecília Meirelles que demonstrou uma retomada ao simbolismo, com toque feminino, também é importante destacar Carlos Drummond de Andrade neste período. A terceira Geração, a literatura intimista e psicológica de Clarisse Lispector foi destaque e João Guimarães Rosa aplicou estilismo na sua literatura regionalista. Surge o movimento concretismo onde o texto poderia passar a mensagem através de sensações visuais. Finalizamos nosso guia de teoria literária informativa sobre os períodos literários brasileiro. Muita leitura, no entanto, é necessária, ao escrever entender o progresso literário e como isto pode influenciar no nosso texto. Muitas vezes, escrevemos e no nosso estilo existem muitos resquícios destes autores citados ao longo do guia. São informações implícitas que agora você, com o conhecimento aqui apresentado, podem aprimorar seu estilo e aplicar a partir de então uma melhora textual.

O modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. O movimento no Brasil foi desencadeado a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, como o Cubismo e o Futurismo. As novas linguagens modernas colocadas pelos movimentos artísticos e literários europeus foram aos poucos assimiladas pelo contexto artístico brasileiro, mas colocando como enfoque elementos da cultura brasileira. Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores. Não sendo dominante desde o início, o modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco. Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases: a primeira fase, mais radical e fortemente oposta a tudo que foi anterior, cheia de irreverência e escândalo; uma segunda mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; e uma terceira, também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de Parnasianismo.

Primeira geração (1922-1930)

O seu sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançados inúmeros processos e ideias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. "A Primeira Fase do Modernismo foi caracterizada pela tentativa de definir e marcar posições, sendo ela rica em manifestos e revistas de circulação efêmera. Foi o período mais radical do movimento modernista, justamente em consequência da necessidade de romper com todas as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase modernista e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de Andrade:"... Alastrou-se pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Havia a busca pelo moderno, original e polêmico, com o nacionalismo em suas múltiplas facetas. A volta das origens, através da valorização do indígena e a língua falada pelo povo, também foram abordados. Contudo, o nacionalismo foi empregado de duas formas distintas: a crítica, alinhado a esquerda política através da denúncia da realidade, e a ufanista, exagerado e de extrema direita. Devido à necessidade de definições e de rompimento com todas as estruturas do passado foi a fase mais radical, assumindo um caráter anárquico e destruidor. Um mês depois da Semana de Arte Moderna, o Brasil vivia dois momentos de grande importância política: as eleições presidenciais e o congresso de fundação do Partido Comunista em Niterói. Em 1926, surge o Partido Democrático, sendo Mário de Andrade um de seus fundadores. A Ação Integralista Brasileira, movimento nacionalista radical, também vai ser fundada, em 1932, por Plínio Salgado.

Literatura Para O EnemOnde histórias criam vida. Descubra agora