Capítulo 1(começo ou fim)

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Sempre soube da crueldade desse mundo, poucas vezes vi bondade nas pessoas, principalmente os homens.
Homens bons, é muito raro, quase impossivel, ainda mais estando no seculo XIX.
Mulheres tratadas como objetos sexuais para seus maridos, apenas como produtora de filhos, não podem de maneira alguma trair seus maridos, já eles fazem o que de na telha, isso inclui se enfiar nas pernas de muitas prostitutas, tendo uma quantidade impressionante de bastardos, é muito raro conhecer um homem que aos 24 anos, não tenha nenhum bastardo.
Bastardos não são vistos com olhos bons pela sociedade, alguns deles tem a felicidade em ser assumidos pelos seus pais, já outros, não nascem com sorte, isso resulta em ser escravizados, normalmente viram escravos mineiros, para ficarem longe da sociedade.
Konoha um reino construído em uma enorme ilha, longe de tudo, demora muito tempo para chegar em outros reinos, um reino coberto de riquezas.....Konoha é conhecido por ser um reino cruel, principalmente com os escravos.
O Rei Fugaku Uchiha, é um homem honrado, nunca traiu um aliado, sempre busca paz, então porque é conhecido como um reino cruel? Simples, estamos no XIX, traição é normal, o Rei não tem pena de traidores, ele os tortura pessoalmente, depois decide se o traidor morre, ou torna-se um escravo, muitos preferem morrer, sabem muito bem, como viver igual um escravo é cruel, muitos morrem, na primeira semana, alguns tem sorte em ser vendidos para os fazendeiros, eles são menos cruéis que os nobres.

Meu nome? Sakura Haruno, filha bastarda de um grande homem, Kizashi Haruno, conhecido como Conde de Rosi(uma cidade perto da capital), meu pai não é o homem mais rico, mas também não se encontra entre os mais pobres.
Minha mãe era uma das concubinas do meu pai, a preferida, ele comprou-a na feira dos escravos, tornou-a sua concubina, transando apenas com ela, ao invés de sua esposa, quem dormia com meu pai, era ela, sua esposa dormia num quarto de hospedes.....não sei quase nada dela, meu pai nunca me falou, nem mesmo toca em seu nome.
Meu pai é um homem muito ocupado, quase nunca nos vimos, ele sempre saia muito cedo para trabalhar, ficava sozinha, sua esposa nunca descia para tomar café da manhã, ela é uma verdadeira bruxa, trata todos com inferioridade, nunca falou nada maldoso para mim, mas eu sabia que ela odiava-me, seu olhar demonstrava isso. Apesar deles estarem casados á 20 anos, ela ainda não engravidou, as empregadas vivem dizendo que ela é seca.

Muitas mulheres na minha idade já estão gravidas do segundo filho, eu nunca quis isso para mim, mas como Helena falou, não se pode rejeitar um pedido de casamento real, principalmente do Príncipe Sasuke.
Quando nossos olhares se cruzaram naquela festa, eu sabia que minha vida nunca mais seria á mesma.
Eu estava certa.
Graças á isso, encontro-me com um vestido branco, muito, muito grande, com algumas joias sobre seu tecido pesado.
-Esta linda! -viro-me lentamente para trás, vendo meu pai na porta do quarto. -Acho que sua mãe iria querer vê-la usando esse colar. -mostrou em lindo colar de diamante. -Vire-se. -obedeci, sentindo o colar deslizar sobre meu pescoço, causando-me um arrepio, por estar gelado.
-Obrigada pai. -sorri.
-Sakura.....hum.....-tentou formular uma frase. -Apenas sorria. -forçou um sorriso.


Dois meses atras:


-Acorda! -falou Helena animada, escancarando minhas cortinas com ajuda de mais duas escravas.

Helena é uma escrava, meu pai ganhou ela de aniversario junto com mais 7 escravos, eu acabei apegando-me á ela, meu pai colocou-a como minha baba, apesar de ser muito raro uma escrava ser colocada para ser baba, ele fez isso, porque eu sempre espantei as baba, pregando pegadinhas nelas, a ultima foi mais cruel, colei seus cabelos na cama, usando uma cola super potente, desenhei com tinta em seu rosto, e coloquei coco de cavalo em suas roupas. Fui uma verdadeira peste, eu só queria atenção do meu pai, e recebi, mas foi para ficar de castigo.
-Só mais 5 minutos! -resmunguei escondendo minha cabeça com um dos travesseiros.
-Hoje não flor. -destapou-me, retirando o travesseiro de minha cabeça, logo em seguida.
-Porque não? -bocejo.
-Senhor Haruno e sua esposa irão tomar cafe da manhã.
-O que? Papai?
-Sim.
-Você sabe porque?
-Não querida, apenas mandaram-me lhe acordar mais cedo.
Contra gosto me levanto, deixando que elas vistam-me, enquanto uma arrumava meu vestido já posto em meu corpo, outra colocava joias em mim, e Helena apenas calçou meu sapato, e penteou meu cabelo cacheado.
Com ajuda de Helena desço as escadas, meu pai morre de medo que eu caia, deve ter sido pelo dia que eu estava correndo pela casa junto com meu cachorro Jack, quando tropecei em meus próprios pês, rolando escada baixo, quebrei minha perna e pulso, meu pai ficou desesperado, foi a primeira vez que vi ele chorar, eu obviamente fingia dormir.....Ele sempre foi preocupado demais, mas depois daquele dia, nunca mais deixou que eu ficasse sozinha, sempre tinha que estar na presença de alguém.
-Bom dia. -sento-me ao lado de meu pai no lado esquerdo da mesa, enquanto Marcela(bruxa) senta ao lado de meu pai, mas na direita.
Ela esta estranha hoje, um sorriso radiante se apodera de seu rosto.
-Bom dia. -responderam.
-Já contou para sua filhinha amor? -gargalhou graciosa.
-Não me chame de amor. -falou com indiferença, fazendo a bruxa perder seu brilho falso. -Muito menos olhe dessa forma, para Sakura.
Marcela olhou-me raivosa, remexendo-se desconfortável na cadeira.
-Sakura. -sorriu prestes á deferir seu veneno. -Estou gravida. -sorriu alegre.
-Espero que seja menino. -meu pai precisa de herdeiro, antes que morre, e tudo dele passe para seu primo.
-Não sabemos "querida". -falou sentida. -Pode vir uma menina. -sorriu. -Perdera seu lugar de princesa. -sinto maldades em suas palavras.
-Se for menina, você terá falhado como esposa. -responde meu pai rudemente, fazendo o sorriso venenoso de Marcela, se desmanchar.
-Querido posso ter uma menina e um filho.
-Agora? Você esta passando da idade certa, essa gravidez sera complicada, imagina outra.
-Tenho certeza que os deuses abençoaram vocês com um lindo menino, pai. -sorri amável em sua direção.
-Obrigado meu anjo. -sorriu. -Espero que esteja certa.
Depois dessa conversa com algumas farpas, comemos em paz, claro que Marcela olhava-me com raiva,como se quisesse matar-me. Apenas ignorei.
-Senhor Kizashi? -chamou um escravo.
-Sim?
-Uma carta. -colocou sobre a mesa afastando-se rapidamente. -Do castelo. -continuou

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⏰ Última atualização: Mar 20, 2020 ⏰

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