Estou jogando Super Mário na minha televisão, e aquela garota ainda não acordou, e olha que já faz uma hora desde que a encontrei no beco, naquela chuva.
-DROGA.
-Aconteceu algo, sensei?
Genus aparece.
-Sim.
-O que?
-Eu perdi.
-Ah.
-Que saco.
-Em que fase você está.
Olhei para ele, com aquela cara de decepção.
-3...
Ouvi uns sons estranhos.
-Que isso?
-O...Olá?
Era aquela garota. Me levantei de onde estava e fui até o sofá.
-Oi.
-Q-Quem é você?
-Saitama, e você.
Ela se levantou.
-Sou Ana. Onde estou?
-Está na minha casa, eu te encontrei naquele beco e te trouxe para cá.
-Puxa, lá se vai minha tentativa.
-Do que?
-Recentemente, perdi meus pais, e viajei para o Japão, tentar me distrair.
-Você é de onde, Ana?
-Do Brasil.
-Uau.
Ela dá um suspiro.
-Obrigada, por me salvar.
-O que aconteceu naquele beco?
-Não sei exatamente, mas eu estava andando por ai quando um papel que estava segurando saiu voando da minha mão, e quando fui pegar, algo me atacou, parecia um monstro.
-Aqui na cidade Z é cheio desses bichos, mas não se preocupe, eu posso te proteger.
-Obrigada, mesmo.
-Então... Aonde você mora?
-Eu basicamente não tenho casa mais, quando fui atacada, estava a procura de uma casa aqui, pois fui à falência.
-Pode ficar aqui então, preciso de mais companhia.
-Sério?
-Sim.
-Obrigada, mesmo. Salvou minha pele duas vezes, como posso retribuir?
-Se preocupa não, sou um herói apenas por diversão.
-Herói?
-Aqui no Japão temos isso, para defender as cidades dos monstros.
-Eu vi uma notícia um tempo atrás no Brasil.
-Sensei.
Genus aparece na sala, e Ana olha diretamente para ele.
-Q-Quem é você?
Ela parece assustada, apontando para ele.
-Oh, sou Genus, um cyborg, aprendiz do Saitama.
-Ah, olá, sou Ana.
Eles fazem um aperto de mão.
-Acho que preciso comprar uma nova cama para ela, pois deixei ela morar aqui, já que não tem casa.
-Se quiser, eu posso ir comprar.
-Pode ser.
-Tudo bem, volto logo.
Ele saiu pela porta. Me virei para Ana.
-Se quiser, podemos sair por ai pra você conhecer as cidades.
-Tudo bem, preciso mesmo.
Ela se levantou do sofá e fomos até a porta. Saímos do prédio e começamos a andar pelas ruas.
-Então... Existem outros heróis?
-Sim, tem as classes C, B, A e S, e dentro delas, os rankings.
-Você está em qual?
-Bom...eu sou o primeiro da classe S.
-Uau, você deve ser bem forte.
-Digamos que sim.
Continuamos a caminhar, até que ouvimos um barulho atrás de nós. Nos viramos, e me deparei com um monstro, parecia uma tartaruga misturado com cachorro.
-Olha se não é a mocinha que encontrei mais cedo.
-Meu Deus.
-Fique atrás de mim.
Ela se escondeu em minhas costas.
-Como pode estar tão tranquilo, Saitama?
-Você verá.
Me aproximei daquele bicho.
-Ora, se não é o heroizinho.
-Cara...vai arrumar o que fazer.
-Eu já tenho algo, destruir vocês, hehehe.
-Afe.
Dei um soco nele, que se destruiu em milhões de pedaços.
-Nossa.
-Por isso eu fico calmo.
Olhei para ela com um pequeno sorriso no rosto.
-Se preocupa não.
-T-Tudo bem.
Continuamos a andar, ficamos em silêncio até eu decidir falar.
-Quantos anos você tem?
-20, e você?
-25.
-E já está... Bom...
Ela apontava para a minha cabeça.
-Careca?
-É...
-Foi meu treino.
-Como assim?
-Digamos que para ficar tão forte assim, eu literalmente fiquei careca de tanto treinar.
-Ah.
-Eu fazia 100 flexões, 100 abdominais, 100 agachamentos e por fim, uma corrida de 10 km, todos os dias.
-Uau, não é a toa que está assim.
-É, hehe.
Andamos por mais um tempo, até eu ser chamado.
-Saitama?
Me virei para ver quem me chamou.
-Ah, oi, Cavaleiro sem licença.
-Eai, cara, beleza?
-To de boa.
-Quem é essa?
-É a Ana.
-Sua namorada?
-Q-Que?
Olho para ela, que está mais corada que um pimentão.
-Minha amiga, achei ela no beco jogada e como perdeu os pais e não tem onde ficar, está morando comigo agora.
-Oh, prazer, Cavaleiro sem Licença, herói classe C ranking 1 ao seu dispor.
Ele fez uma reverência e beija a mão dela.
-Ana, prazer.
-E então, o que fazem?
-Eu decidi mostrar um pouco da cidade para ela, já que veio do Brasil.
-Você é brasileira?
-Sim.
-Legal, sempre quis visitar lá, mas aprender português é um saco.
-Hehe, se quiser, eu posso dar umas aulinhas.
-Muito obrigado.
-Haha, não há de que.
-Bom, tchau pra vocês, tenho que fazer uns negócios.
-Ok, até mais.
Nos despedimos dele.
-O que acha de voltarmos? O Genus já deve ter chegado.
-Tudo bem.
Demos meia-volta e andamos de volta para casa. Quando chegamos, realmente aquele cyborg tinha voltado, e estava desesperado procurando pela gente. Quando ele nos viu, saiu correndo em nossa direção e me abraçou.
-SENSEI.
-O que foi, Genus?
-Achei que tivessem sumidos.
-Mas para onde iríamos?
-Não sei, mas sei lá, né?
-Aff.
Ana permanecia quieta.
-Já comprei a cama.
Olhei para a sala, e ela estava um pouco afastada da minha e da do Genus.
-Gostei.
Ela finalmente fala.
-Que bom, fico feliz que tenha gostado.
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A Garota Da Chuva (HIATUS)
FanfictionSaitama estava voltando de mais um dia de trabalho como herói da cidade Z, quando encontra uma garota de 20 anos no chão, completamente abandonada. Ele decide salvá-la, mas nunca pensou que seria a melhor coisa que ele já fizera.