Estrupo da minha amiga Hillarie

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Alguns alunos de uma escola de ensino médio realizaram uma festinha na casa de um deles. Hillaire, uma menina de 16 anos, tinha bebido demais (mas lembre-se: beber demais não é crime). Naquela noite, ela havia dado uns amassos num rapaz e beijado uma colega, atendendo pedidos de amigos. Um jovem astro do futebol americano, Rakheem Bolton (apenas um ano mais velho que ela) chegou tarde à festa. Junto com seu grupo de amigos, ele a levou para dentro de uma pequena casa junto à piscina, e trancou a porta. Hillaire, no seu depoimento à polícia, relatou que, assim que percebeu que estava sendo penetrada vaginalmente, pediu para o rapaz parar. Ele não parou, e um dos outros jovens dentro da casinha alertou Rakheem que olha só, não escutou?, ela mandou parar. Ele continuou. Hillaire então gritou “Não!” e “Sério, pare!”. Rakheem não parou, mas dois rapazes no pátio da piscina a ouviram e arrombaram a porta. O grupo dentro da casinha fugiu pela janela. Rakheem, inclusive, fugiu tão rápido que deixou suas roupas pra trás. Os meninos encontraram uma garota nua, machucada, chorando embaixo da mesa de sinuca. Decidiram ir atrás dos fujões. Descobriram Rakheem, nu, que exigiu suas roupas de volta e ameaçou voltar à casa para matar todo mundo. Hillaire se dirigiu à delegacia para fazer exame e prestar queixa, num longo processo que durou a noite toda. Ela voltou à escola alguns dias depois. Lógico que todo mundo sabia. A princípio, boa parte dos alunos foi solidário com ela e ficou do seu lado. Mas, à medida em que detalhes eram espalhados (ela estava bêbada! Ela já tinha beijado duas pessoas naquela festa! Ela não se comportava como uma vítima de estupro deve se comportar!), a reação foi mudando. De repente ela passou a receber ameaças de morte. Uma criancinha chegou pra ela e, do nada, a chamou de piranha. Uma carta anônima foi deixada pros seus pais, dizendo que ela era uma vagabunda sem moral que estava destruindo a vida dos jovens atletas. Colegas da escola pintaram o número da camisa de Rakheem no rosto pra protestar contra seu afastamento temporário. E Hillaire se mantinha forte a olhos públicos, embora chorasse toda noite no quarto. Três meses depois, um júri determinou que não havia evidência suficiente para indiciar Rakheem ou qualquer um dos outros meninos presentes , apesar de todas as testemunhas e de uma camisinha usada encontrada no local do crime. Você já está com ânsia devido à toda a impunidade do caso? Isso não é nada. Sente-se. Respire fundo. Histórias assim acontecem o tempo todo. A tragédia de Silsbee não é um caso isolado nem de estupro, nem de como toda uma comunidade toma partido do estuprador, não da vítima.

Estrupada aos 15Onde histórias criam vida. Descubra agora