Capítulo I

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  Acordo com o despertador berrando ao meu lado, como todas as manhãs. Dou um soco no botão e ele subitamente para de fazer esse barulho estúpido e irritante. Me levanto devagar e me arrumo para o colégio, com meu estilo meio gótico de sempre, mas afinal, quem liga?
  Desço as escadas e vejo a sala toda destruída. O que será que aconteceu ontem? Acho que eu estava mais bêbada do que eu me lembrava. Rio baixinho e me direciono para a saída.
  Saio de casa e vou andando lentamente para o inferno... quer dizer para a escola. Coloco meus fones no máximo para não ter que cumprimentar ninguém. Logo avisto meu inferno particular e um pontinho cor de rosa pulando e acenando para mim. Reviro os olhos. Mindy, como sempre, estava vestida como uma boneca.
  Me aproximo do portão e ela pula em cima de mim. Sinceramente, não sei o porquê de ela gostar de mim, afinal não sou exatamente... uma boa pessoa.
- Alanna, por quê você veio para a escola hoje? Todos entenderiam que você está de luto. - Mindy fala me olhando com curiosidade.
- Hoje é só um dia normal, como todos os outros, e além do mais, é melhor estar aqui no inferno do que em casa com a Sarah.
  Hoje faz um ano que meus pais morreram por um assassino desgraçado, mas sinceramente não ligo. Não é que eu não gostasse deles, mas... eu simplesmente não consigo me importar. Faz também um ano que moro com minha tia Sarah, mas sei que ela só aceitou ficar com a minha guarda para dar um jeito de ficar com a minha herança.
Após falar aquilo para Mindy, saio andando até a sala de aula, recebendo olhares pelos corredores. Alguns por causa do meu estilo, outros me desejando. Sim, até que eu era cobiçada. Mas não consigo gostar de ninguém, ou me apegar. Não mais. Entro na sala e me sento, hoje vai ser um longo dia.
  Fiquei desenhando ou escrevendo a aula toda, afinal os professores não se importam, então para quê prestar atenção? Assim que o sinal toca, levanto-me rapidamente e saio do colégio, afinal, pra que passar mais tempo que o necessário lá? Vou em direção a um pequeno restaurante, onde faço a maioria das minhas refeições. Me sirvo, e me sento mais no fundo, de um lugar onde posso observar todos.
  Passo o olhar rapidamente pelas pessoas e percebo que estou sendo encarada por um menino, ele vê que eu o peguei no flagra e olha rapidamente para o outro lado. Que estranho. Acabo de comer e pago, saio do restaurante mas sinto alguém puxando meu braço...

{ N/a: não vou ser 100% fiel à história original, afinal estou reescrevendo justamente pelo fato de eu não ter gostado da 1 versão}

-> Na foto no início do capítulo é como eu imagino a Alanna.

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⏰ Última atualização: Jan 22, 2018 ⏰

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A pequena psicopata - Wattys 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora