Sem Revisão.
Dimitri Bartolomeu.
Nova York...
A noite era considerada a mais fria do ano pelos meteorologistas quando estacionei meu velho Chevrolet 1939 na garagem subsolo do hospital de Nova York, numa vaga que ficava próxima do elevador. Respirei fundo pelo menos oito vezes até que criei coragem o suficiente e sair do carro andando apressadamente até o elevador. Poucas horas atrás estava dando aulas na academia Lawrence, como professor substituto de matemática, quando soube através de um telefonema que o meu único parente vivo, tio Clemente, encontrava-se internado em condições graves, devido a sua doença nos pulmões.
Clemente Bartolomeu, já não possuía saúde estável em decorrência de uma grave doença que descobriu anos antes, através de um exame de rotina. Obviamente o responsável foram, os charutos cubanos e os whisky importados que agravaram sua doença, a transformando em critica.
Adentrei no elevador e apertei botão do segundo andar, onde em menos de segundos foram revelado a unidade de terapia intensiva. Havia saído do elevador com minhas penas vacilando, talvez fosse o ato desesperado ao constata que em breve perderia alguém que amo, ou quem sabe fosse outro mero sentimento de culpa, já que meses antes abandonei meu tio Clemente, para seguir meu sonho e transforma-se em professor substituto do ensino médio, ao invés de me dedicar a suas empresas, como tinha planejado.
—Boa tarde.—Disse ao me aproximar de uma enfermeira.—Poderia me indicar o o leito de Clemente Bartolomeu?. —Perguntei a ela.
Ela apenas me olhou, e sem dizer nenhuma palavra indicou com o dedo indicador um quarto que ficava no final do corredor.
Respirei fundo novamente, e quando recuperei o ânimo seguir até o local indicado. Adentrei o quarto da terapia intensiva, e fui até a cama hospitalar onde meu tio Clemente estava com os olhos vidrados no teto.
—Achei que não fosse vim para se despedir?.—Questionou com a voz fraca, e olhando para mim.
Olhei com ternura para ele, antes de puxa uma cadeira ao lado e pega em sua mão direta que estava tremula devido a quantidade de remédios.
—Eu jamais o abandonaria, meu tio.—Respondi demonstrando um sorriso.—Fiquei sabendo do seu estado poucas horas antes, e tentei chegar o mínimo de tempo possível, no entanto, os aeroportos estão fechados devido o mal tempo e precisei enfrentar horas de transito para estar ao seu lado.— Tentei me justificar.
—Faz quase um ano que não o vejo Dimitre.—Tossiu em seguida.—Não imaginava que fosse aparecer após nossa ultima discussão.—Pausou antes de prosseguir.—Me fez muita falta Dimitre.
Por fora tentava transparecer tranquilidade, no entanto, por dentro estava em pavor, devido a culpa que começava a experimentar por ter abandonado o meu tio no momento em que mais precisava de mim.
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Olhos azuis. (Em breve)
Romance© Copyright 2018 Uma historia arrebatadora e comovente, que não deixa a deseja. Os personagens nos conquistam no primeiro Capítulo e o ritmo perfeito descreve a drama. Samantha Katherine London, é a filha única perfeita que se espera ter. Inteligen...