Oneshots Camren

The beach

Galerinha, essa é minha primeira vez escrevendo por aqui. Esse livro contém histórias fictícias, aceito qualquer ideia para a próxima.
**Aproveitem e não deixem de comentar.

Miami, 10:40 a.m

Hoje o céu está limpo, sem qualquer nuvem para atrapalhar o maldito sol escaldante que faz em Miami, pergunto-me se será assim todos os dias desde minha mudança. Eu e minha amida Dinah viemos de Cuba a procura de um emprego melhor. Lá, éramos escravas do tempo, chegamos a passar mais de 12 horas trabalhando por dias seguidos. Nosso salário nunca foi o suficiente para sobrevivermos, tinham dias que passávamos fome, não tínhamos casa, morávamos em uma barraquinha perto do nosso trabalho. Devem se perguntar, como nós duas, que nem dinheiro tínhamos para comida, estávamos morando em Miami, em um apartamento consideravelmente grande, e de ótima localização, essa qual ficava em frente a praia.

Respondendo sua pergunta, conheci uma mulher, linda, olhos verdes e cabelos negros. Nunca se identificou. Era uma sexta-feira, esse dia nunca saiu da minha cabeça.

"Flashback on"

- Chancho, acorda! Ou iremos nos atrasar para a porra do trabalho – sinto Dinah e suas carinhosas mãos me empurrando para fora da cama. – Deixei um pedaço de pão e um copo de leite para a senhorita dorminhoca em cima da caixa de papelão.

- Hmm... Obrigada – respondi esfregando meus olhos – Acho que o dia será bem atarefado hoje. – Suspirei, odeio trabalhar naquele lugar, é totalmente abusivo e cheio de homens nojentos.

- Soube que Mike quer conversar com você Mila. – encarei Dinah – Austin me falou que ouviu uma conversa ontem, enquanto limpava o corredor que dá para a sala do Mike – disse por fim.

- Isso é brincadeira, certo? – senti meus olhos marejados – você sabe que da última que ele quis "conversar" – fiz aspas com as mãos – Zayn perdeu um braço.

- Mila, se o que Austin disse é verdade, você só irá descobrir, conversando com Mike – Dinah chegou mais perto, sentando na ponta da cama, perto de mim. – e outra, sinto que se esse papo acontecer, não será de todo ruim – disse por fim, deixou um beijo e minha bochecha e saiu para o outro cômodo.

Nossa barraquinha tem três "cômodos", o quarto, que tem uma cama feita com restos de papelão e caixas de leite e suco usados, a salinha, que tem nossa mesa de jantar, que no caso é uma caixa de papelão grande que usamos para comer quando temos comida, e o banheiro, que eu prefiro nem dizer como é.

- Saco, eu não quero sair de casa – disse por fim, levantando e me dirigindo até o banheiro. Peguei um pouco de água com as mão do balde cheio perto da mangueira, o que chamamos de torneira para não ficar muito feio. Lavei meu rosto e prendi meus cabelos no topo da minha cabeça. Voltei para o quarto e coloquei o macacão da fábrica que trabalhava e me dirigi a sala para comer o pedaço de pão que Dinah disse que tinha me deixado. Quando terminei, apenas levantei e sai do barraco. Encontrei Dinah sentada me esperando, nosso barraco era em frente ao mar, lugar mais seguro daquela região.

- Um dia, iremos ver o mar da nossa própria sacada, no nosso próprio apartamento – Dinah disse olhando para o mar. Senti meus olhos molhados, cheguei mais perto e sentei ao seu lado.

- Sei que sim Chee, eu tenho certeza que sim – disse apoiando minha cabeça em seu ombro. Suspirei, porque é tão difícil? – Mila, temos que ir, já estamos mais do que atrasadas – ela me acordou dos meus pensamentos, levantei e dei a mão para ajudá-la a levantar.