Olhar-te em silêncio

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Encontro-me a saborear o teu nome
Tão bem, mas tão errado que soa
Não consigo tirar-te do meu pensamento
Que fará imaginar-te com outra pessoa
Mas hoje tudo foi diferente
Ai, estavas tão bonito, meu anjo
Que angústia, que fraqueza
Não consegui tirar de ti os meus olhos
Nem os teus olhos da minha cabeça
O teu cabelo parecia-me maior
O teu rosto mais leve, que corei
Nem sei escrever como me parecias
De tão inebriada que fiquei
Gosto de te olhar em silêncio
Quando vens, só, pela manhã
Quando te olho e me olhas de volta
Sem ver de quê sorris para mim
Com os teus olhos cor de avelã
Assim que desvio os meus fracos
Dos teus tão apaixonantes
Mas hoje não o fiz
E encontrei os teus de vez
E nada vi como eram dantes
Estavam brilhantes, tão doces
E apaixonei-me mais uma vez
Ai, se soubesses como me sinto
Se te olhasses como eu te olho
Se soubesses que muito finjo
Que engano o meu coração
Que sente e dói em desespero
Por não poder cuidar de ti
Por não tocar na tua mão
Por não sussurrar no teu ouvido
Bem baixinho e dizer
Que estavas tão bonito hoje
Que és a minha perdição.

Mariana

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