Era assim,
Como as borboletas
brotam do jardim,
Como a delicadeza
Da pele alva
se esconde sob cetim;Era assim,
Sorria com rubor,
A bochecha corada
De vermelho escarlate,
O brilho das estrelas
No castanho chocolate;Sim, os olhos,
Que iluminavam uma cidade,
Ai que belos olhos,
Que carregavam tanta vaidade;Os lábios que tragavam
Num suspiro de saudade,
Um vulto que se movia,
Um toque de insanidade;E era assim,
Como se quebrava uma alma
Num leito de escravidão,
Aquela doçura nas palavras
Não pertenciam a mim,
Jamais ao meu coração;Era pura imaginação.
Mariana