Capítulo⏺️06

15K 1.3K 771
                                    

GDUA
Capítulo 6

POV Lauren Jauregui.

02 de abril.
Domingo.

Aqui estou em pleno domingo de manhã com a cara enfiada no computador. Digamos que meu humor hoje não estava dos melhores, por isso resolvi ficar em casa com meu filho e continuar minha busca por Camila. Ainda bem que ele entendeu e não se chateou por não fazermos algum programa interessante hoje.

Mas voltando a Camila, fazia dias que eu procurava por essa garota. Normani e eu até voltamos à balada pra ver se a encontrávamos, sem sucesso. Procurei e continuo procurando por diversas redes sociais e até agora nada. Apenas com o primeiro nome é quase impossível encontrar alguém, eu não tinha tantas informações assim sobre ela.

Tudo o que eu fazia não resultava em nada, já estava perdendo as esperanças de encontrá-la, pelo visto iria criar essa criança sozinha. E pra ser sincera, eu ainda nem havia me acostumado com a ideia de estar grávida novamente, era louco demais.

E pra completar, tudo o que eu não senti durante a gravidez de Theo, que havia sido bem tranquila, veio em dobro nessa. Os enjoos eram frequentes, qualquer cheiro me dava ânsia, as alterações de humor eram um pé no saco, o sono, as enxaquecas, tudo o que foi tranquilo na primeira gravidez estava sendo um caos nessa. E eu estava um trapo.

Eu não sabia nem como Theo reagiria a isso, será que ele aceitaria ou ficaria com ciúmes? Eu não sabia descrever nem o que eu estava sentindo nesse momento, minhas emoções estavam completamente embaralhadas, eram tantas coisas na minha cabeça que ela estava prestes a explodir.

Porque essa garota não aparece, era pedir demais? Eu não queria que ela namorasse, casasse comigo ou qualquer outra coisa do tipo, eu só queria que dessa vez as coisas dessem certo para meu bebê. Eu não queria que ela apenas assumisse o bebê, mas sim a sua presença na vida da criança, afinal eu não fiz sozinha.

Eu via o quanto Theo sofria, isso porque ele sabia quem era o pai, e o que aconteceria com esse bebê? Eu não queria criar outro filho ou filha sofrendo sem a outra mãe presente em sua vida.

- Mamãe o sininho da porta tá tocando. - fala Theo balançando as mãozinhas na minha frente chamando minha atenção.

- Oh, desculpe bebê. – falo despertando dos meus devaneios.

- Não sou bebê, Mom! - diz emburrado.

- Pra mim você sempre será um bebê, então se acostume garotinho. Agora continue fazendo sua lição enquanto atendo a porta. - digo bagunçando seus cabelos e ele bufa, pois não suportava que mexessem em seus fios.

Levanto-me deixando o notebook de lado e caminho até a entrada da casa. Assim que abro a porta me deparo com Normani prestes a apertar a campainha novamente.

- Aleluia! Pensei que tinham morrido aí dentro. - fala de forma exagerada.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto curiosa.

- Nossa que rabugenta, nem um “Mani, que surpresa, é bom vê-la”? – reviro os olhos. - Ok sem gracinhas... Não posso mais fazer uma visita? - questiona notando minha cara de tédio para logo passar por mim entrando na minha casa.

Grávida de uma adolescente. (intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora