Recíproco

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Antes de tudo, eu quero que você saiba que eu sou como você, com historias e traumas. Tudo o que escrevo é feito pra você e pra qualquer um, e sempre feito com carinho e atenção.
Eu com grande expectativas espero com carinho que todos vocês que passarem por aqui de alguma forma gostem e recebam bem está historia.

**********

A campainha toca, é a governanta que atende. Flores haviam chegado para Marcela.
- Deixa que eu levo. -- Eduarda é quem pega as flores.
Eduarda é a mãe de Marcela que é viúva o que lhe fez ser a milionária que é hoje.
Ela bate na porta.
- Pode entrar. -- Diz Marcela.
- Acho que já sabe o que lhe espera.
Eduarda entrega as flores nas mãos de Marcela o que faz tampar todo o seu rosto.
- Ele vai me levar pra jantar hoje a noite. -- Ela cheira as flores. - Ele é tão... -- Marcela é interrompida.
- Romântico ? Exagerado ? Apaixonado demais ?
Marcela abaixa o buquê colocando em um vaso.
- Perfeito. Ele é um perfeito romântico. E eu o amo por isso. Qual é o seu problema, mamãe ?
- Nenhum, meu bem. Eu só quero o seu bem e que seu futuro seja perfeitamente como você imagina.
- Ou será que você está mentindo ? Mamãe, Arthur é um cara sempre presente e respeitoso, tudo o que eu sempre quis. Não a o por que de desconfianças.
- Você é quem sabe. -- Eduarda fecha as cortinas enquanto fala. - Está ficando escuro, logo será a noite. Não se atrase.
Eduarda sai do quarto.
Marcela se aproxima do espelho apenas de calcinha e sutiã.
- Não pira, Marcela. Não pira.

Marcela é filha de milionários, viveu sua infância toda em NY York mas conheceu Arthur no Brasil, em São Paulo. É uma moça de 20 anos vivida e não se enganaria na sua escolha para um noivo, não com uma mãe que tem.
Branca com os cabelos pretos, não tão alta e um corpo lindo.

Arthur está se vestindo quando chega uma mensagem no celular, era Marcela. Quando ele ver a mensagem seu rosto fica cheio de luz com o seu sorriso.
Jorge chega no apartamento, trazendo uma garrafa de vodka.
- Vai ver a princesa é ? -- Jorge rir.
- Ei, eu já disse pra você não fala dela desse jeito. -- Arthur pega as chaves.
- Todo arrumadinho, vai pedir em casamento agora ?
- Não hoje. -- Arthur sai fechando a porta do apartamento.

No quarto de Marcela.
A empregada ajuda a achar um par sapato perfeito que combinassem com o vestido vermelho que Marcela escolheu.
- O preto combina com tudo, já que está tão vermelha. -- Marcela encara a empregada. - Ah -- Sem jeito. - Me desculpe, senhora.
- Me dê o preto. -- Em tom sério.
Marcela termina de se arrumar. Estava linda com o seu jeito meigo e doce, vestida como uma mulher forte.

Descendo as escadas, ela encontra o olhar de Eduarda, o olhar de exigência... um medo para Marcela.
- Está bonita. -- Diz Eduarda.
- Obrigada, mãe.
Na sala também estava Robert, irmão de Eduarda.
Você está maravilhosa! -- Ele diz abraçando Marcela. E o sorriso volta ao rosto dela.
- Muito obrigada, titio.
Marcela segue até a porta de saída dizendo "Boa noite" aos empregados que apareciam.

'Singler' de The Neighbourhood era perfeita para essa ocasião.
Descendo as próximas escadas, Arthur está saindo do carro. Ele fica por um momento olhando para Marcela que estava indo em sua direção.
- Não desce ainda, fica exatamente onde você tá. Eu quero guardar esse momento.
Marcela sorrir sem jeito.
- Deixa de ser bobão.
Arthur se aproxima e Marcela corre o suficiente para que Arthur a pegasse.
- Eu te amo tanto, tanto que seria capaz de me casar hoje.
- Como assim ? -- Marcela encara os olhos de Arthur. - Você tá me pedindo em casamento ?
- Marcela, não estraga. Vem, vamos entrar logo no carro.
Olhando de longe, na janela estava Eduarda que observava tudo.

Em São Paulo, no centro.
Estter chega a boate onde trabalhava.
- Tá muito tempo aqui ? -- Ela põe a bolsa no balcão.
- O suficiente pra ter sido confundida com uma garota de programa algumas vezes. -- Sofia rir.
- Você tá vestida como se tivesse no pólo sul, não tem nem como confundir.
Estter comprimenta outra garota.
- Ao contrário de você. Sentir até mais frio.
Começa a tocar The xx na boate.
Um cara passa olhando as duas, mas é Estter que é mais encarada.
- Bom, eu preciso trabalhar. Toma as chaves, e até mais tarde. -- Outro cara passa olhando dessa vez para Sofia. - Ou até amanhã.
Sofia rir e pegar as chaves.
Andando até o metrô, Sofia sente que está sendo seguida. A respiração de Sofia fica mais rápido, a pessoa que lhe segue resolve desistir quando Sofia entra no metrô.

Ainda estava um pouco vazio quando Sofia entrou mas logo iria encher.
Ela estava ouvindo 'Electric Love' de BØRNS no último volume, até que uma mão a toca no ombro.
Sofia se assusta ao ponto de se levantar.
- Ei, calma. -- Risada. - Tá com medo do que ?
- Não faz mais isso. -- Sofia se senta. - Gabriel você é um idiota, sabia ?
Gabriel rir. - Ah qual foi ? Tá ouvindo BØRNS ? tá viciadona hein.
- Realmente. E se não for pedir muito, eu quero continuar dando atenção para as minhas músicas.
Sofia põe os fones novamente ignorando Gabriel.

O ponto de Sofia havia chegado, e algumas desce junto com ela.
- Vai pra casa ?
- Você não sabe que odeio perguntas óbvias ? Gabriel vai pra sua casa.
- Estter está lá ? Eu posso te fazer companhia.
- Sim, ela está. Boa noite. -- Sofia da um sorrisinho.
E segue para a saída a procura de uma coragem para andar rápido até a casa onde morava com Estter.
Gabriel era primo de Estter, e fazia de tudo para ficar próximo de Sofia, mas suas tentativas falhavam completamente sempre.

Chegando em sua casa, Sofia tenta abrir a porta sem muito barulho. Mas eis que a luz acende.
- Não tem nenhum bebê dormindo. -- Diz Beth.
- Que susto, Beth. -- Sofia tira os sapatos. - O mundo resolveu me assusta hoje foi ?
- Aconteceu alguma coisa ? -- Beth pergunta preocupada tirando o casaco de Sofia.
- Não, só o Gabriel no meu pé. Isso irrita, qualquer dia ele vai sentir um soco indo na direção daquele rostinho dele.
- É só o Gabriel, que mal ele faria ? E Estter ?
- Ah.. Tá na faculdade.
- Ah sim, ta com fome ? Tem uma torta só esperando por alguém.
As duas sorriem.
- Eu agradeço, meu estômago agradece bastante. -- Risos.

Em NY York.
Marcela está fazendo carinho no cabelo de Arthur, ele olha para ela e sorrir sem mostrar os dentes.
- Estou com 'Baby Came Home' na minha cabeça. -- Diz Marcela.
- Mas é uma música triste, e não estamos tristes. Aconteceu algo ?
- Não, é que... -- Marcela é interrompida por Arthur. - Chegamos.
Marcela desce do carro um pouco frustada mas é arremessada para um caminho de pessoas até a entrada do restaurante.
- Eu virei famosa e não percebi ?
Arthur se vira para Marcela.
- São do restaurante, já viemos tanto aqui que já te conhecem. -- Marcela fica com uma expressão triste. - Tá tudo bem ?
- Eu quero ir embora.

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