Veneno

Flores

8:30
"Abre a porta."
Sofia ver a mensagem enquanto procura os óculos.
Abrindo a porta devagar, Sofia vai seguindo pelo corredor até ver Estter.
- Tem que parar de fazer isso.
Estter entra.
- Mamãe já acordou ? -- Ela tira o casaco.
- Não, mas ouvir uns barulhos. Anda logo pro quarto.
Outro barulho, agora dessa vez da porta.
- Se ela me ver vai me manter acordada, eu preciso dormir.
Beth já está chegando no fim do corredor, quando Estter se joga no chão atrás do sofá.
- Ah, Bom dia, meu solzinho.
Sofia sorrir. - Bom dia, Beth. E esses cachos vão se libertar quando ?
- Quando você se casar. -- Beth rir.
- Mas isso não faz sentido.
Estter se levanta indo de cachorrinho até o corredor enquanto Beth está de costa.
Sofia ver Estter e vai em direção do quarto.
- Você não pode mentir pra sempre. -- Enquanto fecha a porta.
- Fala baixo. -- Estter tira os sapatos. - Isso é só até eu consegui comprar aquela casa e montar. Eu juro que depois eu paro.
- Gabriel não me deixa.
- Quer que eu dê um susto nele ? -- Estter se levanta. - Me ajuda com o vestido atrás.
- Você anda fazendo academia ?
- Não. -- Estter se olha no espelho. - Nossa, eu tô com uma bundinha delícia, né ?
As duas riem.
- Você que deveria mostrar mais o que tem. -- Estter se vira para Sofia. - E esse corpo ai ? As sapatas lá do clube iam cair matando. -- Estter rir.
- Elas nem me olham. -- Sofia em frente do espelho.
- Isso por que você se esconde atrás desses blusões. -- Estter solta o cabelo de Sofia. - Deveria soltar mais eles, uma loira dessas com o cabelo preso, Deus me livre. Apaga a luz, por favor.
Estter se deita na cama.

****

- Você tem certeza que ela não abriu a porta ? -- Pergunta Eduarda.
- Sim, senhora. -- A empregada diz.
Eduarda dispensa a empregada e segue subindo as escadas.
- Traga em uma bandeja. -- Eduarda diz já no meio das escadas.
No quarto de Marcela.
"Abre essa porta logo. Você não pode fingir que está dormindo pra sempre, a Bela adormecida não se encaixa em você querida."
Marcela tampa os ouvidos com travesseiro.
Um silêncio por um tempo.
Marcela abre a porta.
- O que você quer ?
- Vai comer tudo e depois me dizer o que tá acontecendo.
Marcela revira os olhos.
- Você sabe que adoro esse pão. É maldade.
- Por que não jantou com o senhor perfeito ?
Marcela engole o pedaço do pão devagar.
- Não queria está ali. -- Marcela toma um gole do café. - Gosto de mudar. Você sabe. Acho que precisamos passar um tempo no Brasil.
- Logo Brasil ? Aquele lugar é quente.
- Quero voltar a aquelas raízes. Tio Robert pode ir com a gente.
Eduarda encara o seu rosto.
- Vou pensar. -- Ela se levanta da cama. - Ele já ligou até pra casa. Está deixando ele louco.
- Ele sobrevive. -- Diz Marcela.

No apartamento de Arthur.
Arthur agitado com o silêncio de Marcela, ele quebra um copo na parede.
- Cara, para com isso. Acha que realmente assim a senhorita perfeita vai te atender ? sinto em te dizer, mas não vai rolar.
- Marcela não pode me deixar. -- Arthur se senta no sofá. - Eu sei que ela quer se casar, mas não é o melhor agora. -- Passando as mãos na cabeça.
- Então qual é o problema ? Se não é o suposto casamento.
- Eu a amo e preciso que ela fique.
- Você tem certeza que a ama ? -- Jorge pega uma garrafa de água na geladeira. - As vezes você age como se ela fosse só uma bonequinha que lhe cai bem.
- Como ousa me dizer isso ? Marcela é a coisa mais importante pra mim, apenas quero que ela seja uma mulher forte. -- Arthur pausa e respira fundo. - e me ame.
- Olha, se isso tudo é verdade, você tem que ir atrás dela mas nada de perfeição, seja você de verdade sem essas coisas todas que fazem ela ficar totalmente encantada.
Jorge pega uma maçã.
- Quer me ensinar é ? -- Arthur rir enquanto se levanta. - Eu sei muito bem como tratar uma mulher como uma princesa que és.

****

Irmão de Arthur, Raphael era o tipo riquinho mimado, forte e loiro e principalmente charmoso.
Vivendo sua vida em Roma, estava na hora de voltar pra casa.