Prólogo

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As vozes na minha cabeça não paravam um segundo.

Nada as podia parar.

Eu estava frágil, magoada e sem chão.

A altura perfeita para atacar uma presa. Como lobos atacam as pequenas e indefesas ovelhas sem dó e piedade.

E nesta situação eu era a presa e os pequenos sussurros assustadores os grandes predadores.

Uma frase que eu nunca pensei que fosse prenunciar.

Eu deveria habituar-me a isso porque de certo ponto de vista eu sempre fui uma pequena ovelha em um grupo de lobos famintos.

Sempre fui a coração-mole como Joane me costumava chamar, sempre fui a amorosa e inocente do grupo.

Kayla sempre me ensinou «Bella, você tem que ser mais confiante de si, você é linda, você consegue». É, eu não consigo.

Talvez se eu conseguisse não estava aqui dando a minha última risada, último suspiro, último pensamento, o meu último adeus.

A última precessão que ele era e foi tudo o que eu menos precisava na vida, naquele momento.

A pior criatura que Deus poderia ter colocado no meu caminho.

O pior lobo que alguma vez conhecera.

O pior pervertido que alguma vez me tocara.

Drew Thompson.

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