Drabbles, droubbles and more

Too much to ask

Os créditos da ideia desse au são da conta auhouis. 🌻

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1525 palavras |  post break up | drama

Harry Styles não deveria se sentir tão nervoso.

As mãos úmidas pelo suor frio que seu corpo produzia estavam sendo esfregadas na calça jeans skinny cuja escolha se tornou duvidosa desde que entrou no estúdio combinado para filmar o vídeo que foi convidado a participar. Outras pessoas a sua volta mostravam-se também agitadas, constrangidas e cheias de expectativa. Não sabia o que havia passado pela cabeça de Frank quando achou que aquilo seria uma boa ideia, mas ele estava ali, e Louis Tomlinson também estava, em algum lugar daquele prédio, então alguma coisa teria que valer a pena no final.

Faziam exatamente onze meses e treze dias desde que ele viu seu ex namorado pela última vez. Isso, é claro, tirando a interação unilateral quando ele recebia notificações de atualização no Instagram ou Twitter. Harry ainda trabalhava no mesmo lugar, sua família estava feliz e o amava, sua gata era sua companhia durante as noites e finais de semana, e apesar de tudo levá-lo para o caminho certo da felicidade, ele sentia aquele vazio. Um vazio presente desde que o dono de olhos azuis bateu a porta do apartamento que planejaram compartilhar por tanto tempo e nunca mais voltou.

Harry nunca deixou de amar Louis, de pensar nele ou de se arrepender por ter permitido que ele partisse, mas Louis queria, e Styles não era capaz de dizer nada contra algo que o fizesse feliz. Mesmo que, para isso, a sua própria felicidade fosse colocada em segundo plano.

Voltar a vê-lo sem a tela de um celular ou computador os separando era como uma espécie boa de tortura que o fazia querer apressar o tempo, e ao mesmo tempo, fugir para o conforto de sua solidão, onde não precisava ter novamente algo que sabia que iria, inevitavelmente, perder. Qualquer plano, no entanto, precisou ser adiado quando uma mulher apareceu com um sorriso nos lábios e embalagens de pó e iluminador nas mãos para prepará-lo. Ele seria o primeiro.

— Vamos começar!

Essa é a história deles.

Um fundo branco cobria parte da parede e um banquinho centralizado no ambiente indicava o lugar que Harry deveria se sentar antes de começar a dar a entrevista. Refletores estavam voltados em sua direção, e uma câmera profissional captava cada movimento que ele fazia diante dela. A entrevista em questão era composta por apenas uma pergunta, que fez o rapaz viajar para quatro anos no passado, quando ele ainda estava na faculdade e era muito mais esperançoso do que no presente.

— Como aconteceu? — Frank perguntou, mesmo sabendo da história, sendo o ombro amigo que Harry deitou sua cabeça e chorou por meses depois da partida do Tomlinson. E pensando em como ele parecia miserável quando uma nova foto, de Louis, um de seus irmãos ou Clifford eram compartilhadas nas redes sociais alheia, ele imaginou o tamanho do trabalho que o amigo teve para recuperá-lo até o estado atual. Talvez, afinal de contas, Harry soubesse sim o motivo que o levou ser convidado.

— Conheci Louis na Universidade. Somos formados no mesmo curso e tínhamos alguns trabalhos em dupla. Começamos a nos relacionar em uma festa... Durou três anos. Foi bom, muito bom, até ele receber uma proposta irrecusável de emprego em outro continente — era difícil explicar um envolvimento tão intenso e longo em menos de um minuto, tempo pedido para que cada uma das oito pessoas narrassem seus pontos de vista para aquela camera, então ele encolheu os ombros se lembrando de cada momento como se tivessem acontecido no dia anterior. — Eu meio que ainda gosto dele.