O estranho achado no mato

156 26 50
                                    

Lentamente voltando a consciência, Frank abriu os olhos com uma dor imensa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Lentamente voltando a consciência, Frank abriu os olhos com uma dor imensa

Mal conseguia enxergar, parecia uma plantação, algum tipo de mato

Se perguntava onde estava... não conseguia lembrar de como foi parar ali. 

Tentou levantar mas a grande cicatriz no peito ardia em chamas, como se fosse recém adquirida

Deitou novamente naquele gramado, estava aconchegante, por que não ficar mais um pouco ali pensou Frank

Uma senhora com seus 60 e poucos anos estava passando pela estradinha de barro, perto de onde ele estava deitado

A senhora deu um grito

- Meu deus, o que aconteceu meu jovem!?

E foi em direção a ele toda preocupada

- Você está bem? Consegue abrir os olhos jovem? Ai meu senhor que ele não esteja morto. Disse a senhora 

Frank queria responder ela, mas as palavras não saiam de sua boca, mal conseguia abrir os olhos

Foi então que sentiu as mãos jovens e delicadas ao mesmo tempo fortes, puxando seu braço para cima, e então apoiando ele na cintura e no ombro. Frank foi cambaleando naquela estradinha.

Nas poucas vezes em que frank voltava a consciência, sentia um perfume muito gostoso, distinto, rosas? Se perguntava, não, violetas eu acho.

E isso era tudo que Frank lembrava da noite em que foi achado no mato, todo sujo de lama, com suas roupas rasgadas.

Ele acordou em uma cama de casal, confortável, sua cicatriz já não ardia tanto. Porem algo chamou mais atenção ao acorda

Ele estava com roupas novas, logo deduziu que alguém tinha visto a marca da sua vergonha, sua sina, sua cicatriz.

Levantou da cama e começou inspecionar o quarto onde estava.

Era um quarto simples. Uma cômoda com um abajur, uma foto de um jovem casal

Na foto um rapaz afeiçoado com um tipo de uniforme e uma jovem, muito bonita, com um sorriso lindo e olhos profundos que brilhavam de felicidade pensou Frank

Logo desviou o olhar, viu um guarda roupa, curioso, decidiu abrir

Muitas camisas, shorts, calças, meias, tudo masculino e um uniforme

Que tipo de farda é essa? Pensou

A muito tempo frank não visitava o mundo humano

Sua última visita foi na era medieval, lembrava muito das armaduras que os humanos vestiam.

Mas suas memorias estavam incompletas, muitos borrões, não lembrava porque estava ali, muito menos porque estava com um corpo humano

Finalmente se lembrou de suas asas...

Ok, seja la o que esteja acontecendo, descobrirei mais tarde, mas não posso ficar sem minhas asas, não posso. Pensou

Mentalizou elas abrindo e nada,

FOCO

Tentou novamente e nada

FOCO FOCO FOCO

Nada. sim tinha perdido suas asas. O maior orgulho de um anjo.

Fechou a porta do armário, sentou no chão e fechou os olhos

Sentimentos que até então ele não conhecia começaram a fluir

Que dor e essa no meu peito ? Pensou

Olhou por dentro da camisa que estava vestindo e viu sua cicatriz

Não, não era ali na cicatriz a dor que estava sentindo

Antes que percebesse, um lágrima correu pelo canto de seu olho

Passou o dedo e recolheu ela, fixou o olhar nela, como uma criança que não entende nada do mundo olha para os seus desenhos de colorir

Ele sabia o que era aquilo e ao mesmo tempo não sabia.

Antes que ele pudesse dissecar mais esse paradoxo que se encontrava alguém abriu a porta.

Era a senhora que o tinha resgatado do mato

-O Que você estava fazendo sentado no chão garoto? Esta melhor?

A senhora de prontidão já foi em direção a ele e o ajudou a levantar

Frank sempre foi frio e calculista, muito inteligente, mas nunca lidou com humanos diretamente muito menos tinha conversado com eles

Demorou alguns segundos para responder a senhora

- Diga-me, foi a senhora que me despiu? Um olhar frio no rosto de frank, intimidador ate.

A senhora levou um choque momentâneo mas respondeu sorridente

-Ah foi eu sim, que isso, não precisa dessa timidez toda, não fiz um exame em você e muito menos em suas partes íntimas. A senhora respondeu com um sorriso no rosto e uma leve risada

Então você viu... Ele olho para sua cicatriz e ficou de cabeça baixa.

A senhora logo entendeu o que estava acontecendo e tratou de tranquilizar o rapaz

- Mas ora, todos nós temos nossas cicatrizes, algumas a vista, outras internas, e isso não é vergonha nenhuma. 

Um silencio constrangedor

- Olha, como a sua nunca tinha visto, eita que tu deve ter passado por uns maus bocados né. Mas vamos vamos, o café da manhã esta servido. Disse a senhora

Frank tentou entender o que a senhora falou, logo percebeu que ela estava tentando consolar ele.

- Bom, senhora, antes de mais nada gostaria de me apresentar, sou... Frank, e gostaria de pagar minha dívida com a senhora o mais cedo possível. Tanto pela hospedagem como pelas roupas.

Pois bem, pode me chamar de Rose 

-Vamos comer e conversamos sobre isso mais tarde

Frank -  Nem Anjo Nem DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora