Say It Out Loud

Capítulo 1

Eba, eba, eba! Tô aqui, não vou apagar o aviso porque pode ser que eu precise dele no futuro hahaha. Socorro era pra eu estar terminando um resumo quilométrico. Whatever. Love ya. 

Liam corre ao redor do apartamento tentando ficar pronto. Ele normalmente tem orgulho das habilidades de economizar tempo, mas essa manhã as coisas estão trabalhando contra ele. Ele dormiu demais, a água para o banho se recusou a aquecer e a camisa que ele tinha passado a ferro na noite anterior estivera em um infeliz acidente com a tigela matinal de cereal do Liam.

O telefone vibra no bolso dele enquanto ele corre para fora da porta e ele sabe que é sua mãe o castigando por estar atrasado. Ele agradece a si mesmo por malhar enquanto corre para a estação de trem em menos de cinco minutos, chegando a plataforma dois minutos antes do que o trem está programado para sair.

 Lá ele encontra sua mãe, pai e Sam, sua irmã mais nova, que estão aguardando ansiosamente a chegada de Liam. Sam corre para saltar em seus braços, mas para quando olha para baixo e vê seu vestido novinho com uma careta. Liam ri e mexe as sobrancelhas, movendo suas mãos fluentemente para deixá-la saber que acha que ela está maravilhosa.

Ela sorri largamente e segura a mão de Liam ao invés de pular nele. Ele pode sentir a mão úmida na dele e como ela treme levemente. É a formatura de fim de ano dela na escola St. Mary’s e ela está nervosa como de costume. St. Mary’s é uma escola privada especializada em lidar com crianças portadoras de deficiência visual ou audível. Sam é surda desde o nascimento. Foi um baque para a família no início, mas eles rapidamente se ajustaram e aprenderam a falar a língua de sinais, a fim de se comunicar com a garotinha.

Sam teve sorte de ter muito apoio não só com a família dela, mas com seus amigos. Antes dela frequentar aulas em St. Mary’s, muitos de seus amigos que viviam nas proximidades tinham se oferecido para aprender a língua de sinais também para que ela pudesse ser incluída na diversão deles. Embora ela tivesse um pequeno pé atrás, Liam sempre acreditou que Sam iria conseguir grandes coisas e ele não está nada além de orgulhoso da irmã mais nova.

“Eu não consigo acreditar que ela vai estar indo para o sexto ano” seu pai suspira enquanto eles embarcam no trem e a mãe de Liam coloca a mão na parte inferior das costas dele, com um pequeno sorriso no rosto.

Liam abaixa o olhar para sua irmã de onze anos e ele mesmo mal consegue acreditar. Ele sempre se lembra do dia em que ela nasceu e como ele estava animado. Ele ri quando se lembra de chorar, porque queria um irmãozinho.

Sam olha para ele e franze a testa. 'Do que você está rindo?' E Liam balança a cabeça, apertando-lhe a mão e a seguindo dentro do trem.

O trem está estranhamente vazio para uma tarde de sexta-feira e eles encontram facilmente um compartimento para sentar. Os quatro sentam e conversam alegremente pela hora toda que é preciso para chegar lá.

. . .

Como de costume, o ginásio de St. Mary’s está cheio até a borda com alunos a partir de quatro anos de idade até dezessete ou dezoito anos e há uma aglomeração de barulho em todo o edifício.

Algumas amigas de Sam vêm se jogando nela e com um aceno de permissão da mãe deles, ela sai correndo no meio da multidão. Liam encontra quatro lugares perto da frente do palco e eles preenchem seus lugares em silêncio, olhando em volta para se certificar de que eles sabem onde Sam está.

Depois de um curto período de tempo, os professores começam a reunir as crianças até que elas estejam todos finalmente quietas, Sam sentada educadamente ao lado de Liam.