O Sussurro

87 1 0
                                    

Aquele sábado à noite parecia ser como todas as outras vividas por Matt Kilhard. Seus pais estavam arrumados, prontos para sair e Matt estava em casa, pronto para devorar mais um livro. Mas aquela noite apenas parecia ser igual às outras... Apenas parecia!

- Que horas começa a festa, mãe? – perguntou Matt, sentado no sofá, com um livro em mãos

- Às 9, meu filho! – respondeu sua mãe, bem arrumada

- Matt, a gente vai chegar por volta da meia-noite! – disse o pai – Não se esqueça de trancar a casa. Qualquer coisa fique à vontade para ligar para a gente!

- Pode deixar, pai. – disse Matt

Matt não podia ir à festa junto dos seus pais, porque ainda era menor de idade.

- Não fique no computador até tarde, meu filho! – disse a mãe, enquanto ela e seu marido calçavam o sapato

- Não se preocupe, mãe. Eu vou ler este livro!

- Boa leitura, meu filho! – disse a mãe. Ela e seu marido já estavam prontos para sair

- Obrigado, mãe. – disse Matt – Boa festa para vocês!

- Obrigado! – agradeceram os pais de Matt, antes de saírem

Assim que os pais de Matt saíram, o rapaz trancou a porta e depois sentou-se no sofá, abrindo o livro e começando a lê-lo.

A casa dos pais de Matt era grande. A sala onde o rapaz se encontrava já dava para se ter uma ideia da grandiosidade da casa, apesar dos poucos cômodos que ela possui. A sala de TV era enorme, com um par de sofás no meio, entre a porta e a TV. Havia um corredor e uma escada ao fundo e uma porta à direita.

Matt estava tranquilo na sala, lendo um bom livro, quando, de repente, para sua surpresa, a luz da casa se apaga.

- Só faltava essa... – disse, desanimado, enquanto se levantava e deixava o livro em cima do sofá.

- Onde minha mãe guarda as velas? – pensou – Ah, é! – se lembrou de algo – Na cozinha!

Matt estica os braços para frente e vai andando vagarosamente em direção à parede esquerda da sala. Para ter certeza de que não esbarraria em nada, foi andando passo por passo, passo por passo, passo por passo.

Depois de algum tempo, acabou por atravessar a sala, encostando os braços na parede. Em seguida, a sai tateando, em direção ao corredor.

Não dava para ver nada dentro de casa; era noite de lua nova e a escuridão tomava conta do local. Ainda por cima a luz da rua acabou junto com a da casa, sendo praticamente impossível enxergar alguma coisa.

Matt andava vagarosamente pelo corredor da casa, quando, para sua surpresa, alguma coisa passa correndo por ele, esbarrando-o. Como estava surpreso – não esperava ser esbarrado –, Matt quase cai sentado no chão.

Com o fato, Matt começou a ficar desesperado, suando frio.

- Quem está aí? – perguntou, desesperado. Ele precisava saber se havia mais alguém dentro da casa.

Não houve resposta. Matt insistiu.

- Tem alguém aí?

E novamente nenhuma resposta. Achou melhor deixar para lá, preferiu acender a vela para depois procurar o quê o esbarrou.

Como poderia ter alguém dentro de sua casa, o simples fato de ficar andando vagarosamente em uma casa toda escura, tornava-o alvo fácil do provável bandido, portanto, Matt começou a andar mais acelerado, até chegar à copa/cozinha, ao final do corredor.

1001 Contos de TerrorWhere stories live. Discover now