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Pelos próximos dias, quando Harvey menos esperava, se pegava pensando na sua relação com Donna. Tentava seguir o que o terapeuta lhe disse, mas a confusão ainda o perseguia.

Estava em seu escritório quando Louis apareceu chamando sua atenção.

- Harvey, nós temos um novo cliente em potencial - Louis entregou os documentos que especificavam o negócio que poderia ser fechado. - É uma oportunidade para a Specter Litt expandir sua área de atuação. E eu particularmente estou animado com essa possibilidade.

Harvey começou a ler, era um possível cliente que tinha uma grande companhia de teatro com diversas sedes pelo país.

- Já ouvi falar desse homem - Louis sentou-se na cadeira a frente de Harvey. - Ele é realmente muito bom, a sua companhia só cresce e pessoas de diversos lugares vão para as audições tentar uma vaga para fazer parte. Falei com ele e aconteceram alguns problemas com a antiga firma que tomava conta de seus negócios e então nos procurou.

Conforme lia sobre o possível negócio, Harvey estava disposto aceitar. Ganharia um bom lucro e expandiria a Specter Litt para um novo ramo.

- Eu realmente estou animado, Harvey - Louis continuou. - Você sabe quanto eu gosto de teatro.

Harvey estava de acordo, até ler o nome do cliente.

- Desculpa, Louis. Mas eu não vou assinar - Harvey empurrou os papéis para Louis.

- Por que não? É um ótimo negócio. Eu sei que você não entende nada de teatro e pode estar desconfiado, mas esse negócio é realmente promissor...

- Louis, eu não vou assinar - Harvey o interrompeu de forma grosseira e em um tom mais alto.

- Por que não? - ele voltou a perguntar, também em um tom grosseiro. - Eu não vejo nenhum problema aqui.

- Eu não posso - Harvey respirava fundo e desviava o olhar tentando se manter calmo.

- Leia de novo, Harvey. É um ótimo negócio! Eu não sei porque você está agindo dessa forma...

- Por causa da Donna! - Harvey praticamente gritou e olhou para fora do escritório para ver se tinha chamado a atenção de alguém.

- O que tem a ver com a Donna?

- Donna... - Harvey não poderia contar o que sabia. Ficou em silêncio pensando em como explicar. - Ela tem um passado com esse cara.

- Você está com ciúmes?

- Não é sobre isso. Olha, Louis, eu não vou contar, mas a história dela com o teatro poderia ser diferente se não fosse por aquele filho da puta.

- Harvey, eu sei que você se importa com a Donna, mas vamos separar as coisas e...

- Eu não vou assinar!

- Vou chamá-la aqui e vemos a opinião dela sobre isso, ok...

- Louis, não! - Harvey disparou antes que Louis pudesse levantar. - Eu não quero que a Donna esteja andando pelos corredores e acabe esbarrando com aquele homem e tudo volte na memória dela.

- Harvey! Esse negócio pode nos render milhões em algum tempo.

- Eu não poderia me importar menos - Harvey estava sério. Em seguida, pegou os papéis que estavam sobre a mesa e os amassou jogando no lixo. - Se você não tem mais nada para tratar aqui, pode comunicar ao Mr. Scumbag - disse com desprezo. - Que não iremos representá-lo.

- Por que você mesmo não diz? Ele está na sala de reuniões.

- Ele está? - Harvey levantou-se imediatamente e começou a caminhar em direção a sala. Sentia seu sangue ferver.

Bleeding LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora