Secou-se

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* Secou-se *

O amor que havias me jurado

derramou-se pelo chão

escorreu por entre as pedras

e foi sumindo, desaparecendo...

Secou-se!

Não deixando nem um rastro 

de sua existência.

Olhei para dentro do meu eu,

meu coração havia murchado

como uma flor colhida de seu caule,

sem seiva; sem vida...

murchado.

Lagrimas teimam em rolar

em caírem em meu rosto triste

elas molham os meus lábios

que não mais sorriem,

eles clamam por seus beijos

por seu sabor.

Olhando-me no espelho

não vejo minha face, minha alma.

A essência que em mim existia

derramou-se pelo chão, escorreu por

entre as pedras,

secou-se...

Só restando a solidão. 

Maria Boaventura

Sangue nos OlhosOnde histórias criam vida. Descubra agora