Aquele em que Lica conhece Clarina.

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ooooooooooooooooooooooi gente, amoras. então, aqui estava eu no fim de semana pensando "a que ponto cheguei em que fico triste pelo sábado e feliz pela segunda?". gente que, não dá. eu estava tendo uma conversa muito louca com a cacau (eu não lembro qual é o seu user aqui, me perdoa) e tive essa ideia pra one. sério, foi realmente muito zoada. felizmente, gostei do resultado e to aqui então, bastante feliz. dessa vez eu corrigi, o máximo que minha boa vontade permitiu. eu to apaixonada por limantha e veio essa ideia, eu tinha que escrever, e tinha todas aquelas teorias de "gente será que a Samantha tem família" e quando surgiu a teoria de clarina não me aguentei. espero que gostem, tá bastante fofo e engraçado. comentem bastante o que acharem, o que se identificam e se divirtam com a leitura. bem, adoro vocês, enjoy it xx

gente to nervosa essa semana com os próximos capítulos, mas é isto. enquanto não começa, tem essa one aqui.

xx

Eu ajeitei meu cabelo pela, a que parecia, milésima vez, olhando meu reflexo no espelho do elevador. Coloquei a mão na parede ao meu lado, conferindo se não havia realmente alguma passagem secreta entre o metal gélido e o prédio onde eu poderia me esconder por pelo menos umas quatro horas.

Não que eu estivesse nervosa. Longe disso.

Mas estando nervosa ou não, eu estava prestes a jantar com as mães de Samantha e dessa vez com o título de namorada depois do meu nome. Eu não era mais "Lica, a filha encrenqueira do diretor" ou "Lica, a amiga da minha filha", eu era "Lica, a namorada da filha". Depois de quase cinco meses estando juntas, mesmo que nos primeiros meses fosse apenas um "lance" e somando ao fato de que eu havia demorado basicamente um mês para conseguir dizer em voz alta o que eu sentia, o momento havia chegado.

Eu ia conhecer a família da minha namorada. Como namorada dela.

Não que isso foi uma coisa ruim, claro que não era! Eu estava feliz com esse passo em particular, deixava as coisas ainda mais sérias e eu não queria fugir de nenhum compromisso, nunca. A grande questão central do problema é que eu tinha um pequeno medo: de que não gostassem exatamente de mim para esse cargo e me expulsassem do apartamento antes mesmo que eu pisasse nele.

Olhe bem, eu não era exatamente um exemplo de pessoa a um tempo atrás e tenho noção de que a família de Samantha sabia exatamente disso tudo. O fato de que eu era uma mulher não me assustava nem um pouco, sabia que não haveria problema algum com isso. O problema mesmo era eu.

Certo, parece um problema bobo olhando bem, mas não pode me julgar, eu não fazia muito isso nos meus relacionamentos anteriores.

Mas bem, era Samantha ali. E sendo apenas ela era impossível não concordar quando ela fez o pedido. Tem certos momentos que eu apenas fico a encarando por alguns segundos fixamente e me sinto uma tola, ainda mais, junto de todo esse sentimento vem aquela vontade enorme de gritar o quanto ela é linda, até explodir.

Suspirei, dessa vez lembrando da forma como ela havia sorrido para mim naquele fatídico dia em que eu apenas disse "Sim". Não, não era um pedido de casamento. De longe um de namoro, já namoramos. Era algo muito, muito pior.

E que estava prestes a acontecer.

Havia momentos em que conversas se estendiam por horas, com ganchos entre as palavras que não faziam sentido algum. Havia momentos em que eu apenas estava desenhando ou pintando e Samantha me observava como se Mona Lisa estivesse a ser criado. Havia momentos em que estávamos apenas estudando juntas, mas aqueles olhares não sumiam nem por um segundo, fazendo com que minha pele se arrepiasse apenas pela intensidade. E haviam momentos como aqueles, em que não havia palavras e apenas nos encarávamos como se fossemos capaz de falar através de nossas almas.

em família. {limantha}Onde histórias criam vida. Descubra agora